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Speak Now (Taylor’s Version): de volta aos quinze

“Largue tudo agora”, “Fale agora ou cale-se para sempre”, “Eu nunca ouvi um silêncio tão alto”. O terceiro álbum de estúdio da Taylor Swift, e agora, sua terceira regravação, Speak Now (Taylor’s Version), evoca sentimentos e emoções dramáticas, dignas de uma jovem entrando em uma fase de fechamento de ciclos da adolescência, e sentindo tudo ao mesmo tempo: paixão avassaladora (seja ela correspondida ou não), medo, raiva, arrependimento, luto pelo seu eu adolescente estar sendo deixado para trás. Alguns desses sentimentos conflitantes sobre estar crescendo e se encontrando no mundo.

Taylor, em sua luta para ser dona de sua discografia completa, regravou 16 músicas da versão anterior, trazendo sua voz mais amadurecida, mas ainda assim, com todas as emoções teatrais e intensas dessas faixas. Com a proposta de trazer algo a mais, além das músicas que já conhecíamos e aguardamos, como “Back To December”, “Sparks Fly” e “Long Live”, também trouxe músicas do que ela chama de From The Vault (do cofre). Foram seis músicas, que, em 2010, foram descartadas da versão que conhecíamos, com colaborações especiais para quem acompanhou o lançamento na época, de Hayley Williams, do Paramore, e do Fall Out Boy.

Na semana que Speak Now (Taylor’s Version) foi lançado, estava estreando também a segunda temporada da série De Volta aos 15. Não que os dois projetos tenham alguma ligação, mas a nostalgia que esses dois lançamentos me proporcionaram me fez pensar neles, talvez, como coisas paralelas, que evocam meu eu adolescente a voltar a vida. Ela sempre está aqui, porque eu continuo escutando as bandas que gostava desde então, mas é libertador poder sentir todas essas emoções em coletivo.

Em 2010, quando Taylor Swift lançou Speak Now, eu tinha 15 anos e ele definiu a minha personalidade até hoje. Até a regravação sustentar tudo o que já existia dentro de mim, e me sentir grata pela adolescente que eu fui. As músicas deste álbum me abraçaram na época, e ao escutar a regravação, me acolheram novamente. Então, na mesma semana, poder ver uma série que me remeteu a minha adolescência, enquanto escutava a Taylor de hoje, cantando sobre desejar nunca crescer, e encontrar minha antiga diretora da escola em que eu estudava no mercado, foi bem catártico.

No novo prólogo, Taylor fala sobre como ela estava escrevendo na época, sobre um período de tempo vibrante e brilhante, que foi a última luz do sol sobre a sua infância, onde, dos 18 aos 20, mesmo sendo uma época turbulenta, foram as idades mais idealistas e esperançosas dela. Eu me sinto assim: o final da minha adolescência e o começo dos vinte anos marcaram a época em que mais fui idealista sobre a vida.

Me emociona pensar que, em “Never Grow Up”, Swift canta sobre tirar fotos imaginárias do quarto da infância, enquanto eu estou escutando essa versão nova da canção, em meu antigo quarto de infância, que está bem diferente de quando eu era menor, mas ainda é o mesmo quarto. Assim como eu, que ainda sou a mesma pessoa, mas também sou muito diferente, da minha versão que escutou essa música em 2010. É um sentimento meio conflitante, que às vezes me faz pensar que não cresci ainda, que estou presa no tempo. Escutar essa faixa aos 28 anos é ainda mais impactante do que escutar a mesma aos 15. A sensação de querer voltar aos 15 é grande, mesmo que não tenha sido exatamente uma fase muito boa, Acredito que seja por que sempre olhamos para trás com uma visão mais romântica e carinhosa. O tempo que passou — que não volta mais — é tentador de certa forma.

Os prólogos dos álbuns de Swift sempre me encantaram, por ela capturar a essência das faixas que vamos escutar ali. Speak Now (2010) sempre foi meu álbum favorito, por ela brincar com o conceito dramático de falar agora ou se calar para sempre. Falar tudo aquilo que deveria ter dito, no momento que passou. Botar para fora todas as emoções de uma jovem assustada, apaixonada, arrependida, e tantas outras versões dessa menina. “Eu não acho que você deve esperar. Eu acho que você deve falar agora”. E como alguém que sempre sentiu muito, mas nunca enfrentou o que quer que precisasse enfrentar, fiquei obcecada com a ideia de falar o que se sente aqui e agora.

Com o prólogo do Speak Now (Taylor’s Version) (2023), Taylor nos conta sobre o que ela sentia ao escrever essas músicas. Sobre composições que ela tem orgulho de ter feito sozinha, porque na época sua credibilidade foi questionada. Conta como essa versão combativa dela a tornou quem ela é hoje. “Esse padrão exato de agir como forma de rebelião quando me sinto machucada é exatamente o motivo pelo qual você está lendo essas palavras agora, e estou lançando este álbum”. Ao enfrentar a crítica que questionava suas habilidades, ela se tornou uma das maiores compositoras de sua geração e a inspiração de artistas que vieram depois dela. “Agora sei que uma das coisas mais corajosas que uma pessoa pode fazer é criar algo com sinceridade inabalável, arriscar tudo”.

O álbum faixa a faixa

“Mine” sempre foi uma música, que pessoalmente, amo como abertura. Muitos preferiam que “Sparks Fly” fosse a primeira faixa, assim como era a abertura da turnê mais encantada de Swift, a Speak Now Tour. Entretanto, acredito que “Mine” seja a faixa perfeita para começar. Na Taylor’s Version, sua voz está mais madura, mas a produção continua tão gostosa que me leva diretamente para a primeira vez que a escutei. No prólogo, Taylor destaca que essas músicas, assim como a fé que os fãs depositam nela, são as melhores coisas que já foram dela. Acredito, ainda, que essa é uma das músicas em que Taylor está sendo o mais idealista e esperançosa possível.

Logo em seguida, chegamos à “Sparks Fly”, uma favorita do público. A produção dela, e de outras faixas do álbum, ficaram um pouco mais limpas, mas também mais puxadas para o pop rock. O country ainda é a base da música, mas a guitarra e a marcação da bateria são muito mais perceptíveis. Sempre gostei da paixão avassaladora que essa música exala. Da coragem misturada com a inocência de alguém que está perdidamente apaixonado e quer ser imprudente, sem se importar com os riscos.

Em “Back To December”, Taylor nos emociona de novo ao pedir desculpas para um amor que era bom e gentil para ela. Uma figura muito importante para esse álbum, de um jeito positivo, é Taylor Lautner, inspirador da canção. Swift, que tem um histórico, muitas vezes usado contra ela, de ex-namorados que ganham músicas de rompimento, e que são perseguidos pelos fãs, pede desculpas nessa faixa e somos impactados com tamanha franqueza da parte da cantora, que não soube lidar com um amor que valia a pena. Lautner hoje em dia é aclamado pelos fãs e, ainda, pela própria Swift. Uma das surpresas dessa regravação foi o clipe para a faixa “I Can See You (From The Vault)”, que Taylor dirige e atua, junto com o próprio Lautner, Joey King e Presley Cash. As duas atrizes também participaram do clipe de “Mean” em 2010. Taylor contou que é muito amiga dos Lautner, e este a elogiou pela pessoa que ela é.

Pessoalmente, a faixa título “Speak Now” é minha favorita e sempre foi. Ela merecia um clipe, assim como muitos fãs clamam por um clipe de “Getaway Car” ou “Cruel Summer”. A faixa regravada continua teatral e divertida de escutar. Taylor canta sobre invadir o casamento de alguém que ama, como em um filme em que a mocinha vai lutar pelo amado que está se casando com outra. Ela já mencionou uma vez que a escreveu baseada em uma amiga, e existe a teoria de que a amiga em questão seja ninguém mais, ninguém menos, que Hayley Williams, vocalista do Paramore.

Já em “Dear John”, uma das melhores faixas 5 de Swift, Swift esbraveja sobre o amargor de ter sido enganada. É desnecessário escrever para quem foi a música porque, além de acreditar que não existe teste de paternidade musical, defendo que não devemos atrelas as obras de Taylor aos ex dela. A cantora, inclusive, pediu em um show que os fãs fossem mais gentis porque suas músicas são sobre coisas passadas. Não acho que ela tenha dito para perdoarmos seus ex’s exatamente, especialmente quando eles não merecem nada, nem mesmo serem lembrados. Mas que devemos ser gentis com as músicas delas, sem dar nome aos bois.

Claro que falar de Taylor Lautner é um caso diferente. Primeiro por se tratar de duas pessoas que tiveram uma história, terminaram e conseguiram encontrar os caminhos de volta, ainda que como amigos. Mas, com as regravações, a maioria das pessoas se sentem no direito de transformar tudo em discurso de ódio para com os ex’s que trataram Taylor mal, quando, na verdade, as regravações tratam da busca de Swift por ser dona do seu trabalho. Quanto a nós que gostamos desse trabalho, acredito que as músicas venham a se ressignificar conforme as escutamos.

Em “Mean”, Taylor canta sobre um crítico que duvidava do seu trabalho e a quem ela acreditava estar sendo somente uma pessoa ruim. Ela deveria estar prevendo o futuro quando escreveu que “algum dia eu vou ser grande o suficiente para você não me atingir”. Porque, de fato, depois de todos os contratempos, hoje em dia, até a economia dos Estados Unidos se beneficia com a movimentação de Taylor Swift com a sua turnê, a The Eras Tour. A informação é do Livro Bege, documento que resume a economia das cidades dos EUA, do Banco Central.

Na sequência, “The Story of Us” ganha uma ponte ainda mais impactante. Gosto como a música brinca com o conceito de não dizer o que tem que ser dito e, com isso, a pressão do silêncio é gritante. A forma como ela conta uma história de amor, como se estivéssemos realmente abrindo um livro e acompanhando uma jornada turbulenta de um romance que deu errado. É também uma das músicas com maior influência do pop rock no álbum, tão em alta no início dos anos 2000.

Como mencionado anteriormente, “Never Grow Up” tem muito mais impacto depois que a gente cresce. A dor de olhar para trás e ter vontade de voltar, mesmo que lá atrás nem tudo tenha sido como a gente se lembre agora. Quando Taylor fala “I just realized that everything I have will someday gonna be gone”, dá uma dorzinha no peito. É algo muito pessoal para alguém tão ansioso, e às vezes tão desconectado do presente, que sempre está tentando não dissociar. Tentar estar presente e prestar atenção em todos que estão na minha vida hoje, tudo que está acontecendo hoje, que mais para a frente vai mudar. Deixa a gente com um misto de ansiedade, depressão e nostalgia, por perceber que as coisas mudam ou acabam.

“Enchanted” ficou tão delicada e angelical quanto sua versão de 2010. A música que recentemente foi “descoberta” pelos usuários do TikTok, finalmente ganhou sua Taylor Version. Assim como algumas outras músicas deste álbum, nossa imaginação vai longe e quase dá para ver os cenários descritos por Taylor. Essa faixa é para os fanfiqueiros de plantão, que sonham acordados com uma paixonite. Isso vale ainda hoje, para quando imaginamos um amor, mas não agimos por medo, só torcemos para que as coisas se desenrolem como em um conto de fadas.

Já a polêmica “Better Than Revenge” foi modificada para esta nova versão. Acredito que não houvesse para onde fugir: Taylor seria criticada se mudasse ou não a letra. Não vejo um cenário em que ela tivesse mantido o verso “She better known for the things that she does on the mattress” e as pessoas tivessem ficado satisfeitas. A mudança também não foi de todo ruim e a música continua com um tom não tão educado para com a mulher infiel em questão, digamos assim. A versão regravada, no entanto, continua com uma produção muito boa, e a modificação na letra ficou por conta da frase: “He was a moth to the flames, she was holding the matches”.

Uma música que não teve grandes alterações e, ainda assim, conseguiu ficar muito melhor do que a original, foi “Innocent”. Ela é outra que nos leva a refletir sobre crescer, sobre, mesmo depois de adultos, ainda estarmos nos encontrando. O que me leva direto para a performance de “Haunted” na Speak Now Tour, “Haunted” começa com sinos e uma produção digna de um filme de mistério. A faixa me deu a sensação de estar dentro do sino enorme que ficava no palco da turnê, quando Taylor encerrava a música, e saía do palco dentro dele. É uma sensação indescritível, de que a música nos deixa como se estivéssemos correndo de algo ou para algo que não é seguro. “He will try to take away my pain and he just might make me smile. But the whole time im wishing he was you instead”. Me lembra “The Way I Loved You” (Fearless TV), em que Taylor canta sobre sentir falta de um amor turbulento, enquanto não consegue se entregar para um amor gentil.

Taylor chegou a comentar no prólogo do SNTV, que considera “Last Kiss” a música mais triste que ela já escreveu. E não é para menos. Talvez com músicas como a aclamada “All Too Well (Ten Minutes Version)”, a gente fique triste ao escutar, mas também sentimos algo como rancor, e uma grande confusão de sentimentos. Mas com “Last Kiss”, a sensação de uma tristeza avassaladora é grande. Tenho a frase “I just don’t know how to be something you miss”, como a frase mais triste dessa música. Uma que pode a definir muito bem, porque se trata do luto por um rompimento, e principalmente, a constatação de que a pessoa que rompeu com a gente, não se sente da mesma forma. Que essa dor não vai passar e que não tem muito o que fazer.

Speak Now também possui uma das músicas mais especiais da Taylor para os fãs. “Long Live”, que finalmente foi incorporada a The Eras Tour, como deveria ser desde o começo. Para Taylor, as músicas do Speak Now e a fé que os fãs depositaram nela, são as melhores coisas que já lhe pertenceram, ainda mais agora que, de fato, ela é dona dessas canções. Em “Long Live” ela conta a história de amor dela com os fãs, e descreve cenários que, de certa forma, parece que estamos de longe, relembrando tudo o que já passamos na jornada com Swift. Tanto como pessoas que vivem as próprias vidas, enquanto as músicas dela se fazem trilha sonora, quanto como fãs que acompanharam a jornada de ganhos e perdas, celebrações e momentos difíceis de Taylor. De certa forma, crescemos junto com ela, com suas músicas. Nossas músicas.

A regravação também inclui “Ours” e “Superman”, e enquanto a primeira é uma querida dos fãs, a segunda nem todos gostam. Mas a regravação de “Superman” passa uma sensação tão feliz e inocente, daquela paixonite meio inexplicável e inalcançável que sentimos por alguém na adolescência. “Ours” segue uma boa música, daquelas que dá vontade de estar em um relacionamento e dedicar para a pessoa amada.

As músicas do cofre

Muitas das influências do Speak Now surgiram do rock alternativo dos anos 2000. O álbum pode ser country, mas foi o mais perto que Taylor chegou, até agora, de fazer uma sonoridade mais próxima do rock, principalmente, o conhecido e que está de volta, emo. E em cada regravação, temos músicas que foram descartadas da versão original, regravadas com convidados especiais ou não. No caso de “Electric Touch” (From The Vault), que abre as faixas do cofre de Speak Now, Swift convidou o Fall Out Boy para colaborar. A faixa é muito puxada para o rock, com uma energia de música de trilha sonora de filme coming-of-age. A música é sobre as expectativas e o nervosismo de se envolver com uma pessoa inicialmente, sobre como aquilo pode ser maravilhoso, ou pode dar terrivelmente errado.

Depois dela, temos “Whem Emma Falls In Love” (From The Vault), para as românticas sem causa. Alguns fãs encontraram um vídeo da época do lançamento da versão original, em que Taylor responde a pergunta “Se você pudesse ser uma outra pessoa por um dia, quem você seria?”, e a resposta foi ninguém mais ninguém menos que a atriz Emma Stone. Nessa faixa, Taylor descreve como Emma é quando se apaixona, e fala sobre essa pessoa incrível, para confessar que queria ser Emma.  É uma faixa linda, e me faz querer ser vista como Emma, seja ela a Stone, ou não. Mas que ela é descrita sempre com muito carinho por quem a conhece (Andrew Garfield, que o diga, que já a descreveu como um shot de expresso), isso é verdade. Todos nós queremos ser vistos tão lindamente, como as pessoas enxergam Emma.

Depois dela, vem “I Can See You”, que já se tornou uma queridinha dos fãs, com direito a clipe com o Lautner, estreando em um show da The Eras Tour. A música é bem sensual, e de início, pensei que ela não se encaixava com o Speak Now, por ele tratar das emoções à flor da pele, de uma forma mais lúdica. Mas depois, mudei de ideia. Claro que no meio de todas as emoções turbulentas de alguém que está crescendo, se encontrando, é perfeitamente plausível, sentir coisas “18+”, digamos assim. Nessa música, Taylor fantasia sobre a pessoa que está afim, e dito isso, ela também é para as fanfiqueiras dentro de nós.

Quando Taylor estava em turnê para divulgar o Speak Now, Hayley Williams participou de um dos shows, cantando “Thats What You Get”, do Paramore, com Taylor. Ela é de Nashville, e sempre teve uma relação muito próxima com Taylor, por que as duas cresceram e experimentaram a fama em épocas muito próximas.  Recentemente, Hayley estava, junto do Paramore, abrindo os primeiros shows da The Eras Tour, e declarou que Speak Now é sua era favorita da Taylor. Um pouco antes do álbum ser relançado, e ainda sem a divulgação do teaser das From The Vault, Hayley ganhou uma pulseira da amizade de Speak Now, de uma fã, e disse que era interessante estar ganhando aquela pulseira em especial. Depois, sem o teaser, descobrimos com o vazamento da contracapa, que ela estava, sim, confirmada como uma colaboração.

Taylor e Hayley cantam “Castles Crumbling” (From The Vault), uma música sobre estar no topo, e depois ver tudo ruir. Acredito que Taylor tenha abordado na música, sobre a época em que, depois de ser aclamada com Fearless, ser questionada sobre escrever suas próprias músicas, e depois dos acontecimentos do famigerado Video Music Awards de 2009, e toda a fama que ela ganhou a partir do Fearless. Ela descreve na faixa sobre como, entre ser querida por todos e ver as pessoas gritando que a odeiam, ninguém vai querer conhecê-la de verdade, porque no meio disso tudo, ela está destruída entre as ruínas do potencial que tinha, e de que restou.

Depois disso, temos “Foolish One”, que de novo, toca no coração das pessoas românticas, idealizadoras, que sonham com o amor de certo alguém que não corresponde. Me lembra muito todas as paixões platônicas que tive, e o quanto esperava por confissões de amor que nunca vieram. Traço um paralelo com “The Only Exception” do Paramore, em que a pessoa é a única exceção da narradora da música, e já em “Foolish One”, ela não é a exceção ali, e sim a regra. Mas puxando para o final, Taylor, a mãe das românticas esperançosas, acredita que ainda vai chegar o dia em que vai ser a exceção e não mais, a boba apaixonada.

O álbum fecha com “Timeless”, uma das faixas mais românticas que Taylor já escreveu, sobre um amor que em todas as linhas do tempo, em todas as circunstâncias, estava para acontecer. Essa, seguida de “Foolish One”, é um respiro aliviado para as românticas fanfiqueiras, que mesmo com tudo contra, ainda acreditam na força do amor. E isso é o suprassumo do Speak Now, que apesar de todo o rancor e arrependimento, todo o medo de crescer, todas as críticas e confusões, todos os corações partidos, ainda dá esperança para o amor. É como Taylor diz: apesar de tudo, foi uma época em que ela foi idealista e esperançosa. Porque com tudo que há para ser dito, também há muito o que se imaginar.