Categorias: CINEMA

Por trás de A Incrível História de Adaline

Quando assisti ao trailer de A Incrível História de Adaline, fiquei curiosa. Acabei assistindo o filme não muito tempo depois, em um daqueles momentos de tédio no avião em que todas as opções (até as boas) disponíveis parecem terríveis e muito chatas, tudo que você não quer assistir. No fim, gostei do filme — não sem alguns incômodos, embora, de maneira geral, ele tenha me parecido clichê e cafona na medida certa.

Então chegamos ao dia de hoje, em que eu fazia tranquilamente meu café da manhã e ouvia uma amiga professora contar sobre as aulas que ela está preparando e os vídeos que ela quer usar. As ideias gerais dos vídeos ficaram rondando a minha mente enquanto eu abria a Netflix em busca de algo bacana para escrever a respeito. A carinha de Blake Lively me encarou junto com uma dessas ideias e acabou acionando um gatilho, e eu senti a necessidade de desenvolver essa ideia que tem se tornado mais e mais fixa na minha mente com o passar do tempo: precisamos desconstruir o amor romântico.

A falsa apropriação do discurso feminista

A Incrível História de Adaline

É possível que algumas pessoas me achem, ainda que pedante, um pouco inteligente. Sei interpretar esse papel, interpretei a vida inteira, mas a maioria das ideias não vem de mim, eu só rumino e me aproprio delas. Nesse caso, algumas das fontes foram: Anna Vitória Rocha, que escreveu um trabalho de conclusão de curso sobre a apropriação do discurso feminista pela mídia, e a amiga professora do começo do texto, que vem refletindo sobre a apropriação do mesmo discurso pela publicidade. Enquanto assistia ao filme, eu também refletia um pouco sobre isso.

A verdade é que o feminismo está na moda, e todo mundo quer tirar uma casquinha. Não precisa ter nenhuma relação necessária — inclusive, na maior parte do tempo, o conteúdo é 100% não (ou, nos piores casos, anti) feminista. Mas basta ter uma mulher em posição de poder na capa, duas frases relacionadas a não precisar de homens e/ou uma “vitória” aleatória em uma situação completamente irrelevante e voilá, uma enxurrada de “vejam só como esse filme é feminista.”

Essa é meio que a questão de A Incrível História de Adaline. Apesar de Adaline ter nascido em 1908, o filme segue basicamente esse mesmo roteiro para tentar criar uma identificação com a mulher moderna, mas só de forma muito superficial. Adaline é, teoricamente, uma mulher forte e independente, que viveu sozinha (com um cachorro) por quase oitenta anos, não apenas se bastando, como arranjando subterfúgios e recursos para se manter viva e livre. Em todos os sentidos, ela é uma mulher autossuficiente. O filme deixa claro que ela tem dinheiro, porque, em uma sacada genial, investiu na empresa Xerox quando esta ainda estava se lançando no mercado, e vive uma vida modesta para não chamar a atenção, incluindo um apartamento mais simples e um emprego agradável, porém provavelmente não muito bem remunerado. As pessoas gostam dela, ela parece se bastar. Até a página dois. Porque sempre tem algo faltando.

A suposta incompletude do ser humano

O que poderia faltar na vida perfeitamente normal e sem privações de Adaline? Pessoas. Até esse ponto, estou longe de problematizar. O ser humano é um ser social e formar laços é tão essencial quanto qualquer outra necessidade básica. Ela tem uma filha e uma amiga que é cega (por isso as duas conseguem manter a amizade mesmo com o “problema” de Adaline), e as pessoas com quem trabalha, mas o problema essencial de ter que se esconder o tempo todo é que qualquer relação que se tenha precisa ser superficial — e não questiono isso.

O problema é utilizar essa necessidade básica do ser humano e de se relacionar de forma significativa com outros seres humanos e colocar isso sempre na caixinha do amor romântico, como se não pudéssemos nos sentir completas sem isso. Combinando com a ideia da heterossexualidade compulsória, é como dizer que não somos seres humanos completos e não vamos viver uma vida plena sem um homem ao nosso lado — uma questão, claro, vivida por 90% das mulheres; nos filmes protagonizados por homens, o amor é quase sempre um plot lateral, nos protagonizados por mulheres, o amor romântico é a essência de tudo — mesmo quando não devia ser, como no caso de Adaline.

Uma mulher incrível, com uma ótima vida, que poderia fazer de tudo e se dedicar a mil coisas. Mas o ponto central da história de Adaline ainda é um homem; um discurso cansativo, que impede mulheres de seguirem em frente e viverem coisas incríveis que não precisem girar em torno de algo tão questionável quanto o amor romântico. Nós, como seres humanos completos e multifacetados, merecemos histórias que não sigam sempre o mesmo roteiro. Será que alguém ainda se questiona o porquê de histórias como Comer, Rezar, AmarLivre fazerem tanto sucesso?

O mito do amor romântico mascarando abusos

E assim chegamos ao centro de toda a questão: quão abusivo é o relacionamento entre Adaline e Ellis (Michiel Huisman). Porque é abusivo. Desde o começo. Sem poréns. Mas não percebemos isso com tanta facilidade porque estamos mais ocupadas recorrendo a toda a bagagem do grande depósito “amor romântico” dos nossos cérebros.

A começar pela forma como eles se conhecem: Ellis segue Adaline para fora de uma festa da qual ela está saindo sozinha. Literalmente, ele corre atrás dela e enfia a mão na porta do elevador para que ela não consiga escapar. Força uma situação em que ela é obrigada a ficar sozinha com um homem completamente desconhecido. Então eles chegam ao térreo e ele acha ruim que ela não dê o endereço dela para o motorista de táxi na frente dele. Tudo parece lindíssimo, mas na vida real seria apenas assustador. Romantização.

Depois, Ellis aparece no lugar de trabalho dela, como chefe dela. Até aí, o acaso poderia explicar. Então ele saca da bolsa uma pilha de livros com nome de flores que levou para ela e confessa que sabia que ia encontrá-la porque já a tinha visto antes, inclusive antes de se conhecerem na festa. De novo, romantização.

Como chefe dela, ele literalmente a coage a ir em um encontro com ele. Primeiro, ele exige que ela faça algo que não quer, mesmo que ela diga claramente que não se sente confortável em tirar fotos. Depois, ele diz que, então, só vai doar os livros se ela aceitar ir a um encontro com ele. Qual a diferença entre isso e o conceito de assédio? Romantização.

Em outras situações, ele confessa que já tinha gasto um bom tempo observando-a ler. Se ele fosse uma mulher, seria imediatamente considerada uma perseguidora louca. Mas é homem e, por isso, não cai no estereótipo. Mais romantização.

Mais uma vez Adaline some, não atende as ligações dele e tenta encerrar o romance. Mas então vem a cereja do bolo: ele aparece na casa dela. Sem que ela o tenha convidado ou dado seu endereço para ele. Onde ele conseguiu, então? Nas informações confidenciais dela no trabalho. Adaline, com toda a razão, manda ele embora. E ele ainda tem a audácia de parecer chocado e perguntar se ela está falando sério. Ellis ignora absolutamente todas as vezes que ela diz “não”. “Eu não sabia mais o que fazer”, ele argumenta, porque aceitar um não como resposta parece impensável. Logo depois, Adaline acaba chegando à conclusão que ele só tinha tentado ser gentil com ela e que ela tinha sido “horrível e cruel” mandando ele embora daquele jeito. Então ela vai atrás dele. O resumo da história é que eles têm dois encontros: Ellis a convida para passar um final de semana em um lugar remoto com a família dele, diz que está irremediavelmente apaixonado e não pode mais viver sem ela. Quando ela vai embora, ele vai atrás dela, mesmo que ela tenha deixado claro que foi com as próprias pernas e não queria ser seguida. Qual parte disso parece normal e aceitável?

Esse é o centro da questão. Todo mundo com quem falei a respeito disse que amava o filme. Nenhuma das pessoas mencionadas anteriormente é burra e/ou ignorante e/ou reprodutora assídua de machismo. E, ainda assim, estamos tão cegas por essa construção bizarra do amor romântico que não conseguimos identificar imediatamente como todas as situações do filme são um grande compilado de momentos abusivos cobertos por uma camada de açúcar.

Não é fácil ficar imune a esse tipo de filme quando você foi criada com a influência de princesas Disney, novela e similares. Melhor ainda: é impossível. Todas nós vamos cair nesse conto, não importa o quão “empoderadas” ou “desconstruídas” nós achemos que somos. É por isso que relacionamentos abusivos são tão difíceis de se livrar. E é por isso que você pode estar hoje em um relacionamento abusivo e nem se dar conta disso.

Reflitamos.

17 comentários

  1. Eu assisti esse filme faz pouco tempo e, apesar de ter gostado muito dele, mais pela Blake Lively como Adaline, consegui identificar várias desses momentos que você citou. Acho que o radar da gente com o tempo fica mais preciso, shuahsua. É ótimo porque me sinto muito mal quando leio texto problematizando algo que eu gosto e no qual não havia identificado os problemas. Porém, como você disse, não é sempre que a gente consegue.
    Li uns livros esse ano com o mesmo tipo de problema, são histórias com uma mulher protagonizando e que tinham potencial pra ser histórias empoderadoras, mas que o tiro saiu pela culatra. Foi Sob a Luz da Lua e os dois últimos da série A Seleção. Apesar de que é sempre bom ler história com mulher no comando, o que fizeram com a Eadlyn me incomodou porque mesmo com as tentativas de parecer algo de boas na história no final foi mais um enredo que confirma a ideia de que mulher tem que ser poderosa, mas com limites, sem apagar todo o estereótipo de feminilidade. “Mas você pode ser rainha e ainda ser feminina”. Colocaram isso como se fosse um real problema pra garota não ser o ideal de moça. E se ela não quisesse ser? E se ela simplesmente não gostasse de flores e realmente, e não por capricho ou revoltinha ou por não saber o que está dizendo, não quisesse casar nem compartilhar seu poder com outra pessoa? E nossa, o irmão dela dando essa lição de moral vista como pura sabedoria inclusive pela Eadlyn. Pareceu que a posição de poder dela estava dando-lhe a ideia de que não podia expressar seu lado “mulher” e que quando ela finalmente deixasse isso de lado poderia ser feliz. Não vou nem comentar sobre Sob a Luz da Lua, mas tem triângulo amoroso e uma comunidade de lobisomens totalmente patriarcal, então imagine (mas fiz esta resenha caso se interesse: https://semfloreio.blogspot.com.br/2016/03/lido-e-folheado-sob-luz-da-lua.html)
    Enfim, amei o post, esse tipo de filme é justamente desses que se a gente falar umas verdades já nos taxam de chatas, porque os problemas estão muito bem encobertos/romanceados.

    1. Sim, Monique! Acho que enxergar esse tipo de coisa é um processo, à medida que a gente vai desconstruindo alguns conceitos que aprendeu ao longo da vida, né?

      “Sob a luz da lua” eu nunca li. Também ainda não li “A coroa” e acho uma pena que tenham dado esse rumo para a história. Poxa, era uma oportunidade tão grande de passar uma mensagem bacana para meninas mais novas! Uma pena que tenham perdido essa chance e ainda feito um desserviço.

      Vou dar uma olhada na sua resenha depois, obrigada!

      E muito obrigada pelo elogio 🙂

  2. Achei o tema bastante importante de ser abordado pra gente ficar ligada mesmo, só queeee lendo de primeira eu achei tudo exagerado, fui lendo e fazendo careta de tipo aff é muiiiita desconstrução sem sentido, eu hein, essa menina meu Deus afff… Daí eu pensei: por que ela escreveu sobre isso né mesmo?? Então li de novo e olha que engraçado meu cérebro, eu concordei aloka sim. Que coisa né mermo?!

    Romance realmente não precisa ser assim.

    Eu particularmente quero amar alguém sim, sinto falta, mas, mais por causa do sexo, da emoção inicial que traz, do contato de pele que atrai e etc., se não fosse isso nem rolaria intenção, afinal o que uniria seres tão opostos como homem e mulher (no caso hétero)? Sinceramente se fosse pra viver com alguém a vida inteira seria com minha mãe ohhh sem problemas ALWAYS ♥… Isso realmente não é um objetivo de vida.

    Agora danosse, porque já assisti a esse filme 10 vezes – sim – cabousse a mágica e não vou conseguir assistir sem pensar em tudo isso, se eu voltar a assistir.

    Miga vai pensando aí que eu vou aprendendo aqui.
    xero

    1. Menina, fiquei apreensiva com o começo do seu comentário hahaha Não porque eu queira que todo mundo concordo comigo, mas porque achei que você fosse me escorraçar.

      Desculpa ter estragado o filme para você. Pode ter certeza que estraguei pra mim mesma também.

      Beijinhos.

  3. Então que eu fui ver o filme (já estava na minha lista, mas provavelmente não veria tão cedo). Achei – como te disse – uma história toda amarradinha, cheia de clichês e lindinha. Em determinado momento eu achei que o final seria triste e fiquei aflita pensando “não, eu só quero um romance clichê com um final feliz, please” e meu desejo (assim como meu roteiro imaginário) se cumpriram. Amém.

    Não deixei de perceber essas coisas, não. Percebi o elevador, o táxi, a perseguição no trabalho e a descoberta do endereço dela e ficava pensando bem isso: que romantização de comportamento abusivo. Inclusive colocar a mulher no papel do ser humano cruel por não se entregar a todo esse amor.

    MAS (e esse é o ponto onde eu e seu texto ficamos aqui nos encarando) mesmo reconhecendo esses aspectos, e os identificando enquanto eu assistia ao filme, eu cheguei ao final da história emocionada e suspirando. O que significa que algumas construções sociais/culturais estão pra além do nosso consciente. Quero dizer que mesmo que conscientemente a gente rompa com valores machistas, uma vez que a gente nasceu nessa sociedade, esses valores estarão lá, mesmo que não mais na superfície. É um suspiro ao final de um filme e – pimba! – olha só toda essa socialização* aqui na minha cara.

    Um ponto é o fato do personagem ser o homem perfeito. Percebeu os dois encontros? Tanto o encontro pensado por ele como depois o encontro pensado por ela são coisas só de filme mesmo, ideais e, portanto, não reais. Depois, as riquezas que também já colocam os dois num patamar de sofisticação, cenários e diálogos que eu não nunca conseguiria reproduzir com um ser humano real. Mas, por fim, o fato de que ele é educadinho/gentil/romântico/já estou te amando/o homem sensível. Quando eu vi Harry & Sally, foi mais fácil cagar na cabeça de Harry, porque ele é um machistão descarado, grosseiro e feio. Ellis vem num pacote todo bonitinho, né? Isso tem a ver com o gênero do filme, por não ser comédia, mas também com a época (acho difícil um filme em 2014 (?) para o público feminino tentar nos empurrar um Harry nesse boom de discurso feminista).

    Mas preciso dizer que duas coisas foram as que mais mexeram comigo:
    – a cena de Adaline no carro, indo embora mais uma vez, e relembrando todas as vezes em que já partiu, porque por aqui no reino de gabriela temos dificuldades com esse tema.
    AND
    – o cachorro.

    Migan, já pensou em mim vendo um filme todinho sobre despedidas?
    Deus me livre de ser imortal.

    *migan, juro que usei socialização aqui totalmente despretensiosa de teoria feminista.

    1. Miga maravilhosa, você usou socialização EXATAMENTE da forma certa. Quem dera a socialização atuasse só no nosso consciente. Mas esse é justamente o ponto: mesmo que a gente consiga ver e tente ativamente desconstruir, existem muitas coisas que se se incorporaram na nossa personalidade e no nosso ser de formas que a gente vai levar com a gente até a morte e/ou lutar o resto da vida para conter.

      E nossa: SIM, ainda bem que a gente morre no final (#spoiler da vida).

  4. Menina, ainda bem que esbarrei nesse texto!

    Assisti A Incrível História de Adaline por acaso, enquanto estava largada no sofá gripada zapeando os canais. O filme é muito bonito, a equipe de produção e figurino capricharam para deixar cada época visualmente identificável e com um aspecto saudosista (já que estamos acompanhando pela visão da própria Adaline).

    Mas o romance… realmente, me deixou com uma pulga atrás da orelha. O filme terminou e fiquei pensando no Ellis, nas atitudes dele e caramba!!! Concordo totalmente com você. [SPOILER] E ainda por cima o cara é filho do cara que ela abandonou nos anos 60, achei desnecessário unir as narrativas dos dois dessa forma. [/SPOILER]

    Outra coisa que me incomodou foi ver o quanto o mesmo tema é discutido de maneiras diferentes de acordo com o gênero do protagonista. Temos vários filmes onde homens são imortais e a narrativa recorrente usada envolve alguma situação heroica e etc. No caso da Adaline, ela só queria se conectar com alguém, não havia muita ambição na jornada da protagonista. Embora ela parecesse uma MULHER FORTE, dá pra perceber que não trabalharam muito a personalidade dela.

    1. Nossa, com certeza! E o pior é que a gente está tão acostumado com essa forma de tratar as coisas que quase passa despercebido, né? Mas acredito que estamos ficando mais atentas a esse tipo de coisa, o que é muito bom.

      Obrigada pelo comentário <3

  5. Assisti o filme algumas vezes, porque gostei dele na primeira, e sempre gosto de ler as explicações, os comentários, os efeitos nas pessoas, as histórias vindas dele…
    Obviamente não sei pensar como uma mulher, então não assimilei adequadamente estas, o que não tem importância alguma, claro.
    Mas seu texto despertou minha curiosidade: como deveria ser esse filme, essa estória, na sua visão?
    Saudações.

    1. Homens e mulheres pensam de maneira muito diferente mesmo, por isso que hoje em dia eu tento saber como é a perspectiva das mulheres em relação a várias coisas

  6. MEU DEUS, PQP, FINALMENTE CHEGOU O DIA QUE CRUZEI COM SEU TEXTO!
    SIIIIIIIIIIIIIIIM, MIL VEZES SIM!!!
    Depois de assistir ao filme eu fiquei tão danada da vida com essas romantizações e não encontrei ninguém para falar sobre. O máximo que vi no Tumblr foi uma pessoa dizendo que a Adaline tem vantagem por ser branca, pois se fosse negra ela não poderia viver tão confortavelmente por causa da sociedade racista.
    Que ódio que o filme seguiu o mesmo roteiro da personagem depois de viver mil anos só começar a se sentir mal porque falta um HOMEM quando toda a crise dela poderia ter seu estopim pelo fato da filha dela ser MAIS VELHA que ela e está perto de morrer. Mas nããão, o macho que importa.

    Adorei ler seu texto, me senti menos sozinha. E não recomendo esse filme para ninguém. Quando me perguntam a razão, eu listo exatamente o que você colocou no seu texto. Cansei de filmes assim.

  7. Olá! Assisti o filme e gostei muito! No começo a vida dela era cotidiana, mas depois do acidente, tudo mudou; Adaline se tornou uma mulher independente e resolvida. Aproveitou sempre o cavalheirismo masculino (a seu favor, claro), mas se manteve firme em seus propósitos. Achei seu texto realmente pedante em alguns pontos (perdão pela sinceridade), pois você refletiu sobre questões que produzem mais problemas do que soluções. Ao final concordo com algumas coisas de seu ponto de vista (nem tudo está perdido). Alguns comentários chamaram minha atenção, particularmente quanto às mulheres que se sentem ofendidas por Adaline achar mais importante um amor masculino do que a juventude eterna. Da mesma forma, quem assistiu Highlander, pode ver que ele também desejava abrir mão de sua vida “eterna” em troca de um amor feminino. Nos dois casos é natural e normal dizer que todos precisamos de nossas “metades”. Considero tolas as pessoas que dizem não precisar de ninguém. É praticamente certo que essas pessoas se entregaram a amores não correspondidos, provavelmente fruto de imagens mal projetadas, como as que os homens fazem quando olham os belos corpos das mulheres e acham que encontraram a alma gêmea.
    Respeito a opinião de todos e não quero ofender ninguém. Esta é minha visão.
    OBS: Cheguei aqui ao acaso, pelas pesquisas mais relevantes no Google.
    Continue refletindo para motivar alguns chatos a se expressarem (falo por mim).

  8. Até que enfim encontrei alguém que compartilha da mesma opinião sobre o assédio do bonitão do filme… Quando vi o filme… Percebi que já tinha passado pelas mesmas situações de Adaline em em minha vida… O outro querendo impor a sua presença de forma afrontosa… Tudo romantizado é claro… Parabéns pelo texto.

  9. Poh brother pelo o que entendi do filme ali vi nenhum abuso e tals. Quando um cara ta apaixonado ele vai fazer de tudo pra chamar a atenção de uma mulher pois demora apenas 4 minutos pra se apaixonar. Imaginem se ele deixasse a oportunidade de conhecer ela passar e eles não viverem aquele amor, tanto a situação do elevador quanto a dos livros foi um modo de chamar a atenção dela. A imortalidade ao mesmo tempo é benéfica e uma maldição porque você ve pessoas queridas morrerem e nunca vai envelhecer. Ela queria preencher um vazio de todos esses anos de solidão e perseguição e abuso da parte do serviço secreto que ela havia sofrido no passado, por isso mudava de nome, cidade e com o tempo isso vai trazendo mais tristeza e solidão, o que pra muitos faz mal, sacou? Precisamos separar as coisas aqui: A diferença entre solidão e solitude e tambem a diferença entre homens apaixonados e homens abusivos. Acho que ninguém nos outros comentários notou esse lado do filme.

  10. Caraca! Sim! Eu assisti o filme pela primeira vez ontem, e o filme me incomodou do começo ao fim! Primeiro pelas atitudes do Ellis que era o tempo TODO fazendo ela mudar de ideia e nunca ACEITANDO a real posição dela.
    Depois pelo pai dele que no aniversário de 40 anos de casado não parava de falar de uma ex namorada? Pelo amor de Deus, que falta de sensibilidade.
    Pra mim, a cereja do bolo foi o pai descobriu que a nora é a ex namorada dele! E ele simplesmente decidiu que esse fato não deveria ser compartilhado com a ESPOSA dele? QUE REPITO FAZIA 40 ANOS DE CASADO? E NEM COM O FILHO DELE QUE TAVA NAMORANDO A EX NAMORADA DELE?
    Sinceramente a hora que fui assistir o filme foi uma indicação e me falaram: esse filme é fofinho.
    E sabe qual foi minha reação ao final? Esse filme era pra ser um romance, mas no fim é um thriller psicológico.
    Que me fez questionar MUITO o conceito de “”””””Romance”””””, no fim, um filme perturbador.

  11. Eu tive toda essa percepção na primeira vez e única que assisti a esse filme. Acrescentaria destacar o ponto alto do filme em que ela conhece o pai (Harrisson Ford) do namorado. Desde que o velho botou os olhos em Adaline, age como um velho tarado e pervertido comendo ela com os olhos e assediando na maior cara de pau na frente da esposa e do próprio filho. Depois passa a persegui-la em todos os cantos da casa e por fim numa atitude muito autoritária persegue-a pela floresta com o carro e segura-a pelo pulso e obriga-a a confessar sua verdadeira identidade. Qualquer mulher no lugar dela sairia dali e iria direto numa delegacia da mulher dar queixa desse cafajeste, assediador, tarado, pervertido.

Fechado para novos comentários.