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Doutor Estranho no Multiverso da Loucura

Aproveitando um dos intervalos comerciais mais valorizados da história da televisão, o Half Prime do Super Bowl, a Marvel lançou em grande estilo o trailer de Doutor Estranho no Multiverso da Loucura no último mês de fevereiro e junto com ele vieram vários comentários, desde o meme de que Tom Cruise interpretaria uma das encarnações de Tony Stark em outro universo até a presença confirmada de Patrick Stewart reprisando seu papel como Prof. Xavier. Mas o que motivou debates e criações de teorias entre os fãs, para além de todos os personagens de diferentes universos que poderiam aparecer na trama, e até mesmo do protagonista do filme, estava o destino de Wanda Maximoff.

Atenção: este texto contém spoilers!

A primeira aparição de Wanda no MCU aconteceu ao lado de seu irmão Pietro (Aaron Johnson) em Vingadores: A Era de Ultron. Apresentada como uma das ferramentas de Ultron para dominação mundial, Wanda somente sai de seu domínio quando seu irmão morre ao salvar o Gavião Arqueiro (Jeremy Renner). De lá pra cá, muitas tramas se desenrolam e Wanda, aos poucos, conquista seu lugar entre os Vingadores, destacando-se também entre os fãs como uma das personagens mais queridas (entre dezenas deles) do MCU. A série WandaVision, lançada em 2021, serviu para ampliar sua história dentro desse universo focando principalmente em sua jornada de aceitação do luto, e usou de forma inteligente todo o carisma da personagem e de sua intérprete, Elizabeth Olsen.

O retorno de Wanda Maximoff também fez com que as expectativas para Doutor Estranho no Multiverso da Loucura fossem às alturas: como a direção de Sam Raimi e o roteiro de Michael Waldron seriam capazes de trabalhar com o tal multiverso que começou a dar as caras em séries como a já citada WandaVision além de Loki, What If…? e em Homem-Aranha: Sem Volta para Casa e continuar a trajetória de Wanda, respeitando o processo pelo qual a personagem passou em sua série para o Disney+? Além disso, a dupla Raimi e Waldron ainda precisaria dar continuidade ao projeto iniciado anteriormente por meio dessas produções e desenvolver personagens já conhecidos, e amados, pelo público de uma maneira que fizesse sentido e não decepcionasse dentro do roteiro específico do filme em questão. E, em meio a tudo isso, ainda não poderia esquecer o próprio protagonista do filme, Stephen Strange (Benedict Cumberbatch). Pode-se dizer que, em partes, foram bem sucedidos. Mas em outras, nem tanto.

Doutor Estranho no Multiverso da Loucura é um empolgante filme de super-heróis navegando por universos tão bizarros quanto multicoloridos em uma estética ligeiramente inovadora dentro do MCU e que deixará qualquer fã de boca aberta durante as mais de duas horas de exibição. A primeira produção da Marvel para os cinemas que flerta com o terror é ótima em vários momentos, inclusive no jump scare. Por outro lado, a produção peca em diversos pontos, e um deles é justamente no tratamento dado à Wanda e sua trajetória no Universo Cinematográfico Marvel. O longa não se demora dando explicações à audiência e espera que todos estejam com os filmes e séries em dia, o que pode fazer com que a experiência de assistir Multiverso da Loucura seja mais satisfatória para alguns do que para outros.

De início já acompanhamos Stephen Strange lutando para chegar ao livro de Vishanti junto de America Chavez (Xochitl Gomez) no ponto de convergência entre os universos, até que ele decide que a única maneira de fazê-lo é absorvendo os poderes da garota. America tem a capacidade ímpar de viajar entre os universos, mas sendo jovem e inexperiente, não tem total domínio sobre seus poderes quando o assunto é abrir os portais que possibilitam sua viagem. Sua capacidade é tanta que a garota está sendo perseguida por monstros em diferentes dimensões por que um demônio deseja o poder dela para si, e a única maneira de pará-lo é utilizando a magia contida no livro de Vishanti. Em meio a luta que se segue, America cai em outra realidade enquanto continua a ser perseguida pelo monstro cheio de tentáculos nas ruas de Manhattan. O Stephen Strange que estava junto dela, está morto e, enquanto isso, outro Stephen Strange, o que conhecemos, comparece ao casamento de Christine Palmer (Rachel McAdams), sua antiga namorada, nas redondezas. Tendo desaparecido por cinco anos devido ao estalo de Thanos, Strange precisa aceitar o fato de que Christine seguiu adiante e que está se casando com outra pessoa. Durante a recepção, ele escuta a luta que America trava com o monstro e parte para ajudá-la, descobrindo, então, toda a trama em que a jovem está envolvida.

Quando a primeira batalha é vencida, America é levada por Strange e Wong (Benedict Wong) para Kamar-taj, lugar em que poderá ficar em segurança enquanto o ex-cirurgião procura a ajuda da única outra pessoa no MCU conhecedora de magia: Wanda. A ideia de Stephen é que Wanda ajude-o a encontrar respostas para o problema de America, mas ele acaba descobrindo que quem está de fato perseguindo a garota em todos os outros universos é a própria Wanda. A realidade em que se encontram enquanto conversam, um campo repleto de macieiras em flor, é transformado por Wanda com o simples acenar de suas mãos, mostrando a Strange que ela está mais envolvida em toda a situação do que poderia imaginar. Wanda tem estudado o conteúdo do Darkhold desde que o obteve de Agatha Harkness (Kathryn Hahn) ao final de WandaVision, dominando sua magia proibida e navegando entre realidades em busca de seus filhos, Billy (Julian Hilliard) e Tommy (Jett Klyne) — e é aí que a trama perde sua força.

Se, ao final de WandaVision, a protagonista entende que sua dor e seu luto não a isentam de responsabilidades sobre suas ações, tudo a esse respeito parece simplesmente esquecido quando a  motivação da Wanda de Multiverso da Loucura é acessar universos em que seus filhos estejam vivos — e, para que tenha êxito nessa tarefa, Wanda precisa absorver os poderes de America, o que causaria a morte da garota. Na série ela aceita e abraça sua dor, libertando a cidade que estava sob seu domínio, e parece seguir adiante ao se despedir de seus filhos e de Visão (Paul Bettany), mas todo o desenvolvimento e crescimento da personagem até então é ignorado no filme. Wanda deixa Westview e se isola para estudar o Darkhold, aprendendo o que significa ser a Feiticeira Escarlate, mas, ainda assim, segue tentando controlar o próprio pesar e sofrimento, e o que vemos em Multiverso da Loucura é quase como uma recaída do que foi apresentado em WandaVision.

Nos quadrinhos, Wanda Maximoff é uma personagem moralmente ambígua, mas reduzi-la ao simples papel de vilã em Multiverso da Loucura — e uma vilã que mataria uma adolescente para ficar com seus poderes, além de todas as demais atrocidades, representada unicamente por sua maternidade —, parece inverossímil depois de todo o desenvolvendo pelo qual passou no MCU. O tropo da mulher poderosa que precisa ser controlada é batido e cansativo, e é nesse mesmo tropo que o roteiro de Michael Waldron se apoia. Wanda, assumindo a persona da Feiticeira Escarlate, tornou-se um dos seres mais poderosos do MCU, e precisa ser controlada quando parte em busca dos poderes de America. Não haveria problema com essa narrativa — ainda que, como dito, seja um tropo já batido e usado há exaustão — caso o roteiro fosse menos preguiçoso nesse sentido. Para quem conhece toda a trama que envolve a personagem, é possível perceber que suas ações são instigadas pelo Darkhold, que corrompe quem o usa, mas faltou deixar isso em maior evidência durante o desenvolvimento do filme. Enquanto assistia Multiverso da Loucura, não conseguia deixar de pensar que a derrocada de Wanda parecia muito com a de Daenerys Targaryen em Game of Thrones devido a um roteiro desenvolvido de forma apressada. No caso de Wanda, Michael Waldron pegou toda a evolução da personagem, alcançada com a bela trama de WandaVision, e a descartou, optando por seguir uma direção cheia de lugares comuns em Multiverso da Loucura, retornando a personagem a um ciclo pelo qual já havia passado. O problema não é Wanda ser vilã (ainda que isso seja pouco original, tecnicamente falando); o problema é a trama não ser desenvolvida de maneira adequada e que faça sentido para a audiência ela se tornar essa vilã, principalmente quando toda a sua jornada no MCU apontava para outro caminho.

A trama de Wanda enquanto a grande antagonista de Stephen funciona apenas dentro desse filme em específico, mas invalida parte de sua jornada em WandaVision e no MCU. O roteiro poderia ter tomado algum tempo de tela para mostrar a recaída de Wanda enquanto estuda o Darkhold — visto que o livro, forjado por uma entidade demoníaca e cujo apelido é o Livro dos Condenados, corrompe quem o usa e ela esteve em contato com sua magia por meses — e não simplesmente jogado para a audiência seu plano de encontrar Billy e Tommy no multiverso, custe o que custar. A trajetória de Wanda poderia ser sobre tantas coisas que não somente sua maternidade, o que faz parecer que esse é o único aspecto da personagem que importa para a narrativa. Outro ponto no mínimo estranho é que em momento algum Visão é citado, seja sua versão original, seja sua versão branca apresentada em WandaVision. Se toda a trama de WandaVision surgiu da dor que Wanda carregava das perdas em sua vida, inclusive a de Visão, não faria sentido a personagem simplesmente ignorar tudo isso em Multiverso da Loucura — mas é o que acontece. De qualquer maneira, mesmo apontando essas falhas de continuidade, por assim dizer, não deixa de ser muito satisfatório ver a Feiticeira Escarlate em ação, proporcionando à Elizabeth Olsen uma nova liberdade criativa para interpretar a personagem.

Aliada à direção de Sam Raimi, que referencia a si mesmo em diversos momentos com cenas vindas diretamente de Evil Dead e Drag Me to Hell, além de Carrie: A Estranha e O Chamado, apenas para citar alguns outros trabalhos de onde o diretor busca inspiração, a atriz brilha ao dar vida tanto à uma Wanda lutando por seus filhos, quanto a uma Feiticeira Escarlate cega pelo poder que domina. Doutor Estranho no Multiverso da Loucura, inclusive, bebe na fonte do terror e do gore em diversos momentos, surpreendendo a audiência com cenas que parecem saídas diretamente de um pesadelo — e o crédito é todo, é óbvio, de Sam Raimi. Quem espera encontrar em Multiverso da Loucura uma atmosfera similar à da primeira trilogia Homem-Aranha, dirigida por ele, se surpreenderá — ou decepcionará, dependendo da preferência — ao encontrar momentos dignos de um filme terror. Uma Wanda ensanguentada perseguindo Stephen, America e Christine, arrastando a perna machucada, por exemplo, ou a Feiticeira Escarlate se contorcendo ao melhor estilo Samara de O Chamado para chegar até America, são apenas algumas das cenas nesse viés presentes no filme. Visualmente, todo o longa é muito rico e estimulante, não há um instante sem que algo esteja acontecendo, o que faz com que as mais de duas horas de projeção passem voando.

E dentro de toda essa dinâmica, temos Strange. É impossível que o personagem passe em segundo plano, mesmo com toda a trama envolvendo Wanda Maximoff, principalmente por que seu intérprete não é qualquer um: correndo o risco de soar como uma fã emocionada (o que não deixo de ser!), Benedict Cumberbatch continua impecável como Stephen Strange. Ele carrega seu personagem com o conforto de quem entende perfeitamente o que deve ser feito, conduzindo a trama, que envolve misticismo e magia em um universo em que praticamente tudo é possível, com tranquilidade. Há até mesmo uma versão zumbi do Doutor Estranho flutuando em busca da Feiticeira Escarlate com um capa feita de almas condenadas.

Suas interações com todos os personagens é feita de maneira natural, e as cenas entre Stephen e Christine mostram tudo o que eles poderiam ter sido. Como não ficar com os olhos marejados quando um resignado Strange diz à Christine que a ama em todos os universos? Esse é o fator romântico, e por vezes, brega, que amamos. Enquanto os embates entre a Feiticeira Escarlate e Doutor Estranho enchem os olhos pelas cenas mirabolantes, o cuidado do mago com America mostra que ele aprendeu uma ou duas coisas com o que se passou em Homem-Aranha: Sem Volta para Casa — ainda que ele não se lembre realmente de Peter Parker (Tom Holland) a essa altura dos acontecimentos. Colocar Strange junto de America criou uma dinâmica interessante entre os personagens, mostrando que a jovem ainda tem muito potencial a ser explorado no MCU.

Em sua trama nos quadrinhos, America Chavez vem do Paralelo Utópico, um reino localizado fora do espaço e tempo, e um universo a que ainda não tivemos acesso. Vislumbramos pouca coisa do lar de America em Multiverso da Loucura, e ficamos em suas memórias apenas por tempo o suficiente para vermos o que aconteceu com suas mães, levadas por um dos portais abertos acidentalmente pela filha. Nos quadrinhos, a menina decide usar suas habilidades para ajudar outras pessoas no multiverso, desenvolvendo seus poderes enquanto faz parte de equipes de heróis como Brigada Juvenil e Jovens Vingadores. A origem da personagem no cinema é ligeiramente diferente, dado que suas mães desaparecem em um portal aberto por ela de maneira acidental, mas não muda o fato de que America é uma jovem poderosa, ainda que sem controle total de seus dons. Por ser uma personagem nova, é fato que a Marvel está movendo as peças para filmes futuros, e Xochitl Gomez, intérprete de America, ainda pode brilhar como a Miss America. Em Multiverso da Loucura ela ainda é uma jovem precisando de ajuda, o que encontra na figura de Strange, e de treinamento, o que fará junto a Wong na Kamar-taj em reconstrução.

Por se tratar de um filme da Marvel, é claro que o fanservice está presente. Diferente do que vimos em Homem-Aranha: Sem Volta para Casa, no entanto, o fanservice aqui não atinge um lugar de emoção já que não temos três gerações do Cabeça de Teia fazendo piadas uns com os outros enquanto tentam salvar a cidade de vilões como o Duende Verde de Willem Dafoe. Em Homem-Aranha: Sem Volta para Casa há toda uma questão de nostalgia envolvida que faz a audiência vibrar com Tobey Maguire e Andrew Garfield retornando para o papel de Homem-Aranha e contracenando ao lado de Tom Holland, e em Multiverso da Loucura não há esse diferencial. As participações especiais, altamente antecipadas e esperadas, causam certo impacto positivo quando aparecem apenas para, na sequência, serem aniquiladas — e aqui me refiro aos Illuminati sendo mortos pelas mãos da Feiticeira Escarlate em cenas, no mínimo, duvidosas.

É inegável que ver Patrick Stewart entrando em cena como Prof. Xavier em sua cadeira de rodas amarela, tal qual da série animada, e ao som do tema dos X-Men, faz o coração do fã pular uma batida; John Krasinski como Reed Richards, o líder do Quarteto Fantástico, está simplesmente perfeito, assim como ver a Maria Rambeau de Lashana Lynch assumindo como Capitã Marvel nos faz vibrar de expectativa. Rever Hayley Atwell como Peggy Carter, ou melhor, Capitã Carter, é divertido em níveis que só quem assistiu sua série solo poderia entender, mas toda essa empolgação desaparece em segundos quando a Feiticeira Escarlate mata cada um deles em questão de minutos. Claro, são personagens de outro universo, mas o sentimento que fica é de desperdício de um enorme potencial. Enquanto o título do filme faz imaginar que navegaremos por diferentes universos com possibilidades infinitas, é ligeiramente desapontador perceber que, no final, de multiverso tivemos pouca coisa e que o que recebemos tinha potencial para ser muito maior.

Mesmo assim, é possível perceber que o caminho está pavimentado para novas incursões no multiverso, principalmente devido ao final do filme. Após a Feiticeira Escarlate assustar Billy e Tommy enquanto lutava contra a Wanda do outro universo pelos meninos, ela percebe que seu caminho não é o correto. Arrependida de suas ações, ela retorna para uma espécie de redenção, mas, como sempre, a mulher poderosa precisa se sacrificar para dar fim à confusão que ela própria causou. Mas, como se trata de Marvel, e “sem corpo, sem crime”, pode ser que Wanda ainda apareça em produções futuras — o que eu, particularmente, adoraria ver. A personagem tem um potencial enorme para continuar parte do MCU e histórias não devem faltar para trazê-la de volta, e que não sejam em tramas amarradas apenas à sua maternidade, mas que possa trabalhar melhor seus traumas e sua solidão.

De maneira geral, Doutor Estranho no Multiverso da Loucura é mais um divertido filme da Marvel que repete algumas decisões equivocadas da franquia mas, ainda assim, consegue imprimir um tom novo para a produção. A direção de Sam Raimi é grande responsável pela diversão do filme, com suas cenas mirabolantes e enquadramentos que vão do terror ao lúdico em um piscar de olhos.  Somente em um filme de Sam Raimi poderíamos ver dois Doutor Estranho lutando com notas musicais, uma capa de almas condenadas e um Strange zumbi trabalhados de forma tão interessante. O fanservice está lá, mas não necessariamente de uma forma que tenha agradado a todos. Um ponto positivo é que o roteiro de Michael Waldron dá mais tempo de tela para Christine e Wong, dois personagens cativantes que não haviam sido tão bem aproveitados anteriormente. O longa deixa a porta aberta para o desenvolvimento de America no futuro do MCU, assim como uma nova  jornada para Strange quando um terceiro olho surge no mago após o uso do Darkhold e a feiticeira Clea, a apresentação de Charlize Theron ao MCU, aparece, irritada com ele por ter causado uma Incursão (a brecha citada no longa em que dois universos colidem, causando sua extinção).

A trajetória de Wanda enquanto Feiticeira Escarlate é compreensível e até aceitável, mas não completamente justificável. Tê-la como antagonista cria interesse no público e abre possibilidades na trama, mas suas motivações teriam sido melhores caso ficasse ainda mais explícita a dominação que o Darkhold exerceu sobre ela durante todo o tempo em que ficou em posse do livro ou que focasse em outros aspectos de sua dor e trauma. De qualquer forma, mesmo com essa questão, é fácil se deixar levar pelo filme. O protagonista, amarrado às tramas de três mulheres, até mesmo subverte o tropo do clássico herói masculino, construindo uma trama que gira em torno de laços de amizade e, é claro, amor. Amor de Wanda pelos seus filhos, amor de Strange por Christine e amor de America por suas mães. A direção é ótima, os atores são cativantes e nos fazem torcer e nos importar com eles. America Chavez recebeu uma introdução pequena no MCU, mas sua história ainda pode se ampliar no futuro, mostrando-a como Miss America e parte de um vindouro Jovens Vingadores. O que sabemos muito bem, no entanto, é que a Marvel, e Kevin Feige, nunca dão ponto sem nó — ou abre um multiverso sem nos fazer ficar com vontade de explorar tudo o quanto for possível por lá.


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