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Amizade, romance e como é crescer na segunda temporada de Heartstopper

Após um pouco mais de um ano de espera, Heartstopper chega em sua segunda temporada com ainda mais espaço para acolher e abordar mais faces da juventude e adolescência LGBTQIA+.

Atenção: este texto contém spoilers!

Na primeira temporada, fomos introduzidos aos personagens Charlie Spring (Joe Locke) e Nick Nelson (Kit Connor), dois adolescentes que se conheceram ao serem colocados para sentarem juntos na aula de estudos independentes e que acabam se apaixonando. No final dos oito episódios, deixamos os dois no torneio do colégio prontos para ficarem juntos.

Na primeira cena da segunda temporada, encontramos Nick e Charlie em uma montagem de momentos carinhos e trocas de mensagens. Há dois meses, eles começaram a namorar e nenhum dos dois poderia estar mais feliz. Nos próximos oito episódios, temos a oportunidade de não apenas ver esse relacionamento avançar, mas também conhecer os outros personagens da série e explorar mais os sentimentos e as emoções de crescer.

Heartstopper

Nick Nelson e a reafirmação da bissexualidade

No final da primeira temporada, Nick reuniu a coragem necessária para se assumir bissexual para a sua mãe. Agora, ele quer assumir para todos o seu relacionamento com Charlie. Porém, a realidade é mais difícil do que parece. Dizer as palavras em voz alta e esperar a reação das pessoas é mais assustador do que Nick imaginava. Charlie se coloca na posição de protetor de Nick para garantir que seu namorado não passe pelo o que ele passou ao ser tirado do armário à força e ter sofrido bullying por meses. Enquanto isso, Nick planeja se assumir aos seus amigos mais próximos.

É super importante acompanhar esses momentos de Nick que, por mais que tenha feito toda a pesquisa e de estar particularmente confortável com quem é, mostra que o medo nunca nos deixa. Mesmo sabendo que sua mãe, Charlie e seus amigos novos lhe apoiam, Nick ainda precisa se assumir diariamente e para outras pessoas que fazem parte da sua vida.

Uma das primeiras pessoas que ele tenta contar é Imogen (Rhea Norwood), que havia se declarado para ele meses atrás. Em sua personalidade típica extrovertida e sem muitas papas na língua, Imogen acaba admitindo que eles estão tão apaixonados que é bem óbvio (talvez o constante toque e trocas de palavras de carinho seja o motivo). Porém, nem todas as pessoas levam tão bem a verdade quanto outras.

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Quando David (Jack Barton), irmão de Nick, chega para as férias da universidade, ele faz de tudo para garantir que Nick não tenha um minuto de paz. David representa algo bem dolorido para Nick, uma vez que percebemos que eles nunca se deram bem, e, diferente do que é retratado na primeira temporada, a casa que Nick parece estar sempre confortável de estar e se sente acolhido junto com a sua mãe se torna um lugar hostil e desconfortável, a ponto dele impedir Charlie de passar a tarde lá.

Esses momentos desconfortáveis e desafiadores fazem com que Nick e Charlie precisem esconder um pouco mais quem eles são. No momento mais esperado por todos, a grande viagem para Paris dos colégios Higgs e Truham, em que eles planejavam passar todos os dias juntos e se beijaram na Torre Eiffel, eles precisam restringir os momentos de casal para dentro do quarto que dividem com Tao (Will Gao) e Isaac (Tobie Donovan) e a escapadas nos corredores do hotel.

É só quando Charlie acorda com um chupão no pescoço que todas as pessoas desconfiam que Charlie está com alguém, mas sem desconfiar de Nick, que todos assumem ser hétero pelo seu estereótipo esportivo. A atenção para Charlie o deixa desconfortável e revive até momentos de seu trauma, e Nick reúne coragem para se assumir para um grupo maior de pessoas na festa de aniversário de Tara (Corinna Brown).

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Mesmo se assumindo bissexual e em um relacionamento com Charlie, Nick ainda precisa se assumir de novo e de novo, seja para seu pai ausente e que não conhece nada sobre ele, para as redes sociais ou para seus colegas, que mesmo com postagens ainda duvidam que o capitão do time de rúgbi seja bissexual. É até cansativo vê-lo sempre dizendo “eu sou bi, na verdade”, de novo e de novo, mas é uma parte muito real para quem se identifica com alguma multissexualidade e precisa sempre se justificar, seja estando em uma relacionamento com alguém do mesmo gênero ou diferente.

Nick sabe que nem todos os momentos serão perfeitos ou vão sair da forma como ele deseja, mas isso não impede Charlie de se esforçar demais para tudo ser perfeito e garantir que Nick seja protegido de todo mal. Mesmo que isso lhe custe a sua saúde mental.

Charlie Spring e o controle pela perfeição

Uma parte muito importante dessa temporada é a discussão sobre saúde mental e, principalmente, o transtorno alimentar que acompanha Charlie. Logo no encerramento do primeiro episódio, temos a cena do Charlie conversando com sua irmã, Tori (Jenny Walser), sobre fazer de tudo para que a história de Nick seja diferente da dele:

“Eu vou fazer tudo para ter certeza de que Nick não lide com o que eu lidei. Eu posso proteger ele. Eu posso ter certeza de que ele nunca se sinta pressionado ou estressado ou… com medo. Tudo vai ser perfeito.”

(Charlie Spring, Heartstopper, Temporada 2, Episódio 1.)

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A palavra-chave aqui é “perfeito”, que também é o título do último episódio da temporada. Charlie quer ter tanta certeza de que tudo será perfeito e tudo será diferente do que aconteceu com ele, porque ele não teve controle da primeira vez e tudo o que ele deseja é controlar e ter certeza de que ele sabe como essa história irá terminar (e terminar bem).

Colocando Nick sempre em primeiro lugar, a compulsão de Charlie fica mais evidente nessa temporada. Apesar do assunto não ser abordado na primeira temporada, é possível ver várias cenas em que ele não come a comida que está na sua frente e até mesmo brinca com ela para disfarçar. Agora, a pressão desse momento o faz desmaiar no meio do Museu do Louvre e deixa Nick preocupado com o hábito alimentar do namorado.

O transtorno alimentar de Charlie não é uma novidade ou a primeira vez que acontece, que podemos perceber pela reação de Tori no discurso do primeiro episódio da temporada, que com os olhos cheios de lágrimas parece saber exatamente o que vai acontecer com o irmão e teme por isso.

É possível prever que esse enredo será algo muito importante para a próxima temporada, que já foi confirmada pela Netflix, principalmente pela forma como Nick lida com essa preocupação no último episódio da temporada. Ele percebe que Charlie é fechado quando se trata de seus traumas e, nem com o seu melhor amigo, ele se abre sobre os seus piores dias, e por isso pede para Charlie lhe contar quando não estiver bem. Não porque Nick tem que ser seu herói ou que Charlie seja uma vítima que precise ser salvo, mas porque eles passaram por muitas coisas assustadoras em pouco tempo e tão jovens, e ninguém merece sofrer sozinho ou viver com esse peso no peito.

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Isaac Henderson e a descoberta assexual e arromântica

Nessa temporada também temos a oportunidade de explorar outros retratos de identidades LGBTQIA+ com outros personagens e suas interações no mundo. Na primeira temporada, Isaac Henderson sempre se mostrou alguém que está sempre presente para seus amigos e um romântico de carteirinha como nos livros com que ele sempre é visto na mão. Talvez agora, a frase marcante dele “eu quero acreditar em romances”, que foi dita na temporada passada, seja tão mais importante que nunca.

Logo nos primeiros episódios conseguimos entender alguns desconfortos e sentimentos conflituosos de Isaac em relação aos seus colegas e aos seus relacionamentos. Ele se aproxima de James (Bradley Riches), muito pelo interesse deles pelos livros, e fica logo de cara que James se interessa por Isaac. Para quem se identifica com Isaac é muito fácil se relacionar com cenas como na festa de Tara em Paris, onde o garoto se vê rodeado por jovens se beijando e se sente desconfortável a ponto de decidir se refugiar em um canto mais afastado da festa, ou como ele preenche sua imaginação com livros de romance e é apaixonado por eles, mas no momento de se enxergar em um… aí, a história é outra.

É quase uma tradição ver Isaac com livros e devorando uma variedade de narrativas diversas, o que pode passar a impressão de que ele sabe sobre tudo ou que consegue lidar com um pouco mais de naturalidade sobre quem ele é. Mas quando é conosco, nunca é tão fácil assim. Apesar de ser visto comprando um livro sobre uma personagem que se descobre assexual e arromântica, Isaac parece surpreso ao ouvir essas palavras pela primeira vez na exposição da Lambert School of Art.

Depois de ler diversos livros de romances, Isaac tinha certeza de que ele poderia ter sentimentos por James, de que eles estavam fazendo tudo certo para serem um grande romance e se apaixonarem, mas quando eles se beijam durante a festa, Isaac fica ainda mais confuso. Tudo se encaixa apenas dias depois, quando Isaac se depara com uma obra de arte que fala com ele sobre o que pode estar sentindo.

“Estar em um mundo onde romance e sexo são premiados acima de tudo quando você não sente essas formas de atração. Crescer sendo que algo sobre você é diferente, mas você não tem palavras para descrever o que é. E então, liberdade. A euforia de se libertar dessas pressões e expectativas.”

(Heartstopper, Temporada 2, Episódio 7.)

As peças que parecem estar perdidas em sua cabeça há tanto tempo finalmente se juntam e ganhamos uma cena linda ao som de “Crush Culture”, do Conan Gray, em que Isaac ganha o seu momento, quando fala com o seu coração e sobre o que está sentindo. Esse é outro desenvolvimento que vale a pena esperar pela próxima temporada: aguardar para ver como será Isaac descobrindo mais sobre quem ele é e como isso será aceito pelo seu grupo de amigos. Como se dará o seu relacionamento com James e quem Isaac se tornará para além dos livros e das expectativas que ninguém especificamente colocou nele, mas todos nós sabemos que estão lá.

Darcy Olsson, Tara Jones e quem somos quando não amados

Darcy Olsson (Kizzy Edgell) talvez seja a personagem mais enigmática de Heartstopper. Em um primeiro momento nós a percebemos muito confiante, amorosa com seus amigos e com a sua namorada. Charlie e Nick consideram Tara e Darcy inspirações e meta de relacionamento até. Só que como sabemos muito bem, nem tudo é como parece.

Conforme temos mais acesso aos pais de todos os adolescentes e conhecemos mais sobre a dinâmica familiar deles, sentimos falta de Darcy em todos esses momentos e, quando temos uma fala ou outra sobre sua mãe, é sempre com uma conotação ruim ou restritiva. Antes da reunião para falar sobre a viagem de Paris, Tara se declara para a namorada e diz que lhe ama, pegando Darcy completamente despreparada e, ao invés de dizer de volta, ela evita qualquer conversa posterior sobre esse momento.

É apenas quando encontramos Darcy em seu quarto provando um terno que seus amigos juntaram dinheiro para comprar para ela ir ao baile que conhecemos a sua mãe, porém a cena não é como estamos acostumados ao falar sobre o mundo acolhedor de Heartstopper. Assim que a vê com um terno, a mãe de Darcy a manda tirar a roupa e lhe diz que ela não irá para o baile vestida daquela forma, como uma lésbica, em um tom pejorativo.

Apesar de ter essa fama e agarrar para si o estereótipo de uma série acolhedora e que há “muita” aceitação (se isso é possível), Heartstopper ainda é uma série que tenta retratar a realidade, mas sem maltratar aqueles que possam se identificar. Da mesma forma que temos Charlie e Nick passando por coisas dolorosas, mas sem esquecer de retratar as felicidades e vitórias de ser um jovem LGBTQIA+, Darcy se mostra uma personagem complexa e que carrega consigo sentimentos que muitos podemos identificar em nós.

Para se proteger e ainda não negar quem ela é, Darcy cria duas realidades: a lésbica confiante e animadora na escola, e a jovem que esconde quem é àqueles que deveriam acolhe-la em casa. Ela não é assumida para os pais e passa a maior parte do seu tempo na casa de Tara, sua namorada; ela posta sobre seu relacionamento nas redes sociais e provavelmente tem os pais bloqueados em todas elas, porque a escola, a internet e seus amigos são seus lugares seguros.

Ao descobrir a verdade, Tara corre para acolher a namorada com a ajuda dos amigos. A perspectiva de que Tara achava que algo estava errado com Darcy ou até uma parte dela desconfiava de que o problema fosse o relacionamento das duas, e então saber sobre a verdade, oferece uma visão sobre as multifacetas de um relacionamento LGBTQIA+, onde mesmo quando tudo está bem ainda temos que lidar com o mundo exterior e as expectativas e pressões que outros colocam na gente, principalmente de pessoas que deveriam nos acolher e nos amar não importa o quê.

Em um diálogo com Tara, Darcy fala que a sua mãe a faz se odiar às vezes e ela acredita tanto nisso que quando Tara disse que lhe amava ela não acreditou que fosse capaz de ser amada, porque seus pais não a amam. Não de verdade, porque não a conhecem e julgam quem é igual a ela. Infelizmente, nem todos os pais conseguem ser como Sarah Nelson (Olivia Colman) ou Yan Xu (Momo Yeung).

Elle Argent e a busca dos sonhos

Depois de dois anos difíceis, Elle (Yasmin Finney) está pronta para realizar seus sonhos. Quando a conhecemos, ela estava iniciando na nova escola e deixando para trás um passado que não lhe pertence mais. Ao conhecer Tara e Darcy, Elle se abriu para novas experiências e para viver a sua vida como uma garota trans.

Agora, enquanto caminha para finalizar os estudos básicos, ela se inscreve para entrar na Lambert School of Arts para realizar o “sixth form” (os últimos dois anos de estudo antes da universidade, como uma pré-faculdade) e lá conhece outras pessoas trans e que se relacionam com as suas verdades de uma forma diferente que seus amigos de casa. Enquanto isso, ela e Tao caminham para um lugar em que eles estão mais confortáveis em confessarem o que sentem um pelo outro.

Ao conhecer a possível nova escola, Elle conhece Naomi (Bel Priestley) e Felix (Ash Self), que também estão tentando uma vaga para o próximo ano. Eles também são pessoas trans e comentam sobre como seria bom entrar na escola, que aparenta ser um lugar mais aberto com e para pessoas LGBTQIA+, quando Naomi comenta que está cansada de ser conhecida como “a garota trans”. É com eles que Elle se sente confortável para explorar e viver um pouco mais, quando, por exemplo, vai para uma matinê, o que espanta Tao.

Desde o início, Elle é a que mais aparenta desafiar a sua zona de conforto e aquilo que sempre conheceu para ter a chance de conhecer quem ela é e testar o que funciona e o que não funciona. O que a faz ser diferente de Tao e talvez o que faz com que os dois sejam complementares. Enquanto Elle está pronta para dar o próximo passo, Tao sente medo de perder a melhor amiga e de que ela acabe se esquecendo dele enquanto busca quem ela é. Ele não é o melhor em saber quem ele é, mas o medo de perder seus amigos o faz inseguro e não contar o que realmente sente. É só quando ele percebe que se não confrontar esses sentimentos é que vai perder aquilo que mais ama, que toma coragem de se declarar para Elle.

Quando ela é aceita em Lambert, Elle tem um novo receio de deixar Tao, sendo que eles só começaram, e podemos até prever que esse seria um enredo cheio de drama e tensão e cenas de brigas e desencontros, mas indo além desses estereótipos, Tao sabe que Elle quer estudar arte mais do que tudo e que ela ir atrás de seus sonhos não quer dizer que eles tenham que se deixar, mesmo que a escola seja longe.

Nada é mais precioso para Elle do que o seu lugar seguro, que é ao lado de seus melhores amigos, que lhe ajudaram nos momentos mais importantes de sua transição, mas também é precioso ver a sua trajetória como pessoa trans tendo acesso e conseguindo exatamente tudo o que quer e merece, que ela não deixa de ir atrás dos seus sonhos por nada e isso não tira nada que ela deseja ter.

Ajayi, Farouk e as experiências na adultidade LGBTQIA+

Não é possível terminar esse texto sem comentar sobre os adultos LGBTQIA+ de Heartstopper.

Na primeira temporada fomos introduzidos ao Mr. Ajayi (Fisayo Akinade) e a Treinadora Singh (Chetna Pandya), professores do Truham, e que possuem papéis importantes em acolher os jovens de Heartstopper. O primeiro se transformou em um ponto de segurança para Charlie que lhe contou sobre o bullying e o deixou almoçar na sala de artes em segredo. A segunda é vista como um modelo para Nick, tanto como sua treinadora mas também ao descobrir que ela é uma pessoa LGBTQIA+ que gosta de esporte e lhe dá uma lição sobre estereótipos.

Nessa temporada, tiramos os professores um pouco da visão de mentores apenas e os vemos como quem eles são para além dos jovens que ensinam. Com a entrada de Youssef Farouk (Nima Taleghani), um professor rígido e sério, vemos uma parte muito importante da comunidade LGBTQIA+: os adultos que nunca foram jovens LGBTQIA+. Em Paris, depois de flagrar Nick e Charlie se beijando nos corredores do hotel após o toque de recolher, Ajayi relembra sobre a sua época de juventude onde fugia para ficar com um garoto e ao perguntar se Farouk não se lembra dessa época, o novo professor responde que, quando se descobre gay apenas no final dos seus vinte anos, acabamos perdendo uma parte importante das experiências gays adolescentes.

Esse momento se conecta com tantas realidades, com pessoas que não se perceberam LGBTQIA+ até mais tarde, aqueles que sabiam, mas não podiam viver essa realidade, e aqueles que meio que não sabiam como. Ao dar um enredo para essas histórias, a série abraça não apenas a nova geração que possuem mais liberdade ou até talvez tem mais coragem para enfrentar quem não os aceitam, principalmente ao encontrar uma rede de apoio que realmente os ama, mas também os jovens adultos e adultos que foram negados ou excluídos dessas experiências e falar que sim, nós ainda temos tempo de viver essas experiências não importa qual a idade. De uma forma geral, os sentimentos e emoções e o friozinho na barriga das primeiras experiências não somem depois de uma certa idade e a noção de que elas são exclusivas da juventude também é errada. Não paramos de viver nunca e merecemos ter todas as experiências quando, se e da forma que queremos.

A segunda temporada de Heartstopper vem com mais força do que a primeira, para concretizar o seu lugar de que merecemos os nossos meios felizes, que em meio a tantos clichês e romances há sim coisas ruins e desafios que temos que superar, mas eles não devem ser o centro das atenções ou aquilo que nos definem, porque nós merecemos viver as nossas alegrias e nos deixar ser amados por aqueles que verdadeiramente nos querem bem. É importante que nos cerquemos de nossa família escolhida, da nossa comunidade, daqueles que entendem as nossas dores, tristezas e alegrias, e aqueles que não entendem, mas que querem nos ajudar a passar por elas e compartilhar elas, porque ninguém merece carregar todo o peso do mundo sozinho.

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