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“You’re my person”: 14 relações para amar em Grey’s Anatomy

Ao longo de quatorze longas temporadas, pudemos acompanhar a evolução de diversos personagens da série carro-chefe de Shondaland, Grey’s Anatomy. Durante a jornada, assistimos, também, a evolução de diversas relações dentro do hospital. Muitas delas são românticas, outras quantas são amigáveis, outra é uma amizade que vira romance, e às vezes até um romance que se torna amizade. Para celebrar nossas queridinhas, fizemos uma lista com quatorze de nossas relações favoritas da série.

1. April Kepner e Jackson Avery

A trajetória do casal Japril, apelido carinhoso dado pelos fãs, nem sempre foi fácil. April Kepner (Sarah Drew) e Jackson Avery (Jesse Williams) entram juntos na série, no início da sexta temporada, e passam a fazer parte do Seattle Grace Mercy West, o novo hospital que surgiu da união entre o conhecido Seattle Grace com a concorrência, Mercy West. Ainda no começo, April, virgem e muito religiosa, se encanta por Derek Shepherd (Patrick Dempsey), neurocirurgião e casado, e Jackson tenta uma relação com Lexie Grey (Chyler Leigh), mas nenhuma das relações vai pra frente. April e Jackson, então, se tornam bons amigos, até que decidem complicar um pouco as coisas e se envolvem sexualmente. Jackson logo começa a nutrir sentimentos pela amiga, mas April está ocupada demais se corroendo por ter quebrado sua promessa com Deus. Os dois só engatam um romance depois da tragédia do final da oitava temporada, pois percebem que estão vivos e apaixonados e merecem aproveitar a ocasião.

O relacionamento dura um tempo e, após um susto com uma possível gravidez não planejada, acaba terminando por falta de sincronia. Os dois seguem a vida, Jackson começa um relacionamento com Stephanie Edwards (Jerrika Hinton) e Kepner aceita o pedido de casamento de Matthew (Justin Bruening). Até que Kepner fica abalada com a possibilidade de viver sem Jackson, que quase perde a vida na explosão de um ônibus, ao passo que Jackson fica abalado com a ideia de Kepner casada com outra pessoa, e no dia do casamento, confessa todo o seu amor; Kepner e Jackson deixam seus respectivos pares para trás, fogem e se casam em segredo. Tudo volta aos seus conformes, Kepner engravida e os dois estão muito felizes com o rumo das coisas. O bebê, porém, sofre de uma condição especial e mesmo escolhendo levar a gravidez até o fim, o pequeno Samuel só dura algumas horas de vida. A complicação reflete na dinâmica do casal enquanto ambos tentam lidar com a perda do filho. Kepner se junta a Owen Hunt (Kevin McKidd) em uma missão na guerra e Jackson fica sozinho para trás.

Eles se divorciam, mas Kepner esconde uma segunda gravidez. Tudo fica complicado, há brigas pela custódia e ordens de restrição; eventualmente tudo acaba se ajeitando e eles criam a nova filha juntos (mas separados). Em uma das temporadas mais recentes, Kepner e Jackson viajam para outra cidade, trocam um momento muito romântico e bonito, que coloca lenha na fogueira e engana os antigos shippers de que os dois vão voltar — a química deles é inegável. Infelizmente os roteiristas de Grey’s Anatomy fingem que nada aconteceu, e este é basicamente o fim de um casal que faz sentido, é bonito, apaixonado, e que foi construído ao longo de meia dúzia de temporadas. April Kepner deixou a série no final da última temporada, envolvida, novamente, com Matthew, e Jackson atualmente está em um relacionamento com Maggie Pierce (coisa que absolutamente ninguém pediu, muito menos gosta, a dizer pelos comentários na página da série). É uma pena, no entanto, que não teremos mais a chance de assistir um dos melhores casais de Grey’s Anatomy.

2. Arizona Robbins e April Kepner

A amizade entre April Kepner e Arizona Robbins (Jessica Capshaw) é o tipo de amizade improvável que só serve para nos fazer amar cada vez mais a interação de duas personagens tão parecidas e, ao mesmo tempo, tão diferentes. April é cristã e extremamente religiosa, enquanto Arizona faz parte de um grupo que muito sofreu (e ainda sofre) nas mãos da igreja, o LGBTQ+. Mas quando as duas têm um momento fofo depois de uma bebedeira, a gente sabe que dali só pode sair coisa boa.

Ambas são extremamente dedicadas, com suas próprias manias, e uma positividade pouco comum entre os outros médicos do hospital. A amizade delas passa por alguns testes, como é o caso da segunda gravidez de Kepner, mas, ao fim do dia, para o bem e para o mal, uma está lá para apoiar a outra, acompanhar os momentos ruins e celebrar juntas os momentos bons. O final da décima quarta temporada marca a saída das duas personagens da série, coisa que pesou e deixou muitos fãs descontentes. Sentiremos muita saudade das duas e da amizade que elas, ao longo de temporadas, cultivaram.

3. Callie Torres e Arizona Robbins

Apesar de já termos dedicado um texto inteirinho para a evolução amorosa de Callie Torres (Sara Ramirez), a gente não cansa de enaltecer esse casal que ditou muitos dos momentos mais dramáticos e bonitos de Grey’s Anatomy. Depois de alguns relacionamentos que não deram certo, como o casamento com George O’Malley (T.R. Knight) ou o namoro com Erica Hahn (Brooke Smith), mas que serviram para fazer com que nossa cirurgiã ortopédica crescesse como pessoa e emocionalmente, Callie, agora abertamente bissexual, se envolve romanticamente com a pediatra alegre e abertamente lésbica, Arizona Robbins.

As duas entregam, por um longo período, uma relação muito coesa para o telespectador. Elas se aproximam, casam, criam uma filha juntas e, mesmo depois de uma turbulência — literal e metafórica — que muda toda a dinâmica das duas, elas sabem bem a hora de dar adeus a elas como um casal. É um fim muito difícil de engolir e até mesmo de aceitar, porque envolve brigas por custódia, traição, e duras sessões de terapia de casal. Tudo isso acontece lá pelo final da décima segunda temporada, quando a atriz que interpreta Callie decide deixar o elenco da série. A história segue com Callie se mudando para Nova York, enquanto Arizona permanece em Seattle. No final da décima quarta temporada, a última que foi ao ar, a atriz que interpreta Arizona também deixa o elenco de Grey’s (deixa ou é obrigada a deixar, nunca saberemos), e para dar uma migalha de esperança aos fãs, Arizona deixa o hospital em Seattle para ir morar em Nova York, para que a filha, Sofia, possa crescer perto de ambas as mães. Não sabemos se as duas retomam a relação na Grande Maçã, mas torcemos para que sim.

4. Callie Torres e Mark Sloan

Também já celebrada no nosso texto sobre a evolução amorosa de Callie Torres, a relação entre Callie e Mark Sloan (Eric Dane) também merece aparecer na lista. Callie é a primeira grande amizade de Mark depois de toda a bagunça envolvendo o ex-melhor amigo, Derek Shepherd. Já bons amigos, os dois decidem pactuar um relacionamento estritamente sexual. A coisa toda, por mais incrível que pareça, dá certo, e entrega uma trama muito divertida para quem assiste.

Eles acabam tendo uma filha dessa relação, e a menina Sofia acaba sendo, mais tarde, criada por Mark, Callie e Arizona. Arizona não é muito fã de Mark, mas eventualmente acaba cedendo. A relação de ambos é muito leve e sem grandes compromissos, eles cuidam um do outro, conhecem bem o que o outro precisa e estão presentes em todos os momentos decisivos e importantes da vida do outro.

5. Cristina Yang e a Carreira Profissional

Indiscutivelmente uma das grandes personagens de toda a série, Cristina Yang, interpretada pela talentosa Sandra Oh, é a grande mente de Grey’s Anatomy. Cirurgiã extremamente competente, a melhor em sua área, Cristina desde o começo da série demonstra indícios fortíssimos de que sua carreira profissional é a sua grande e maior paixão. Apaixonada pela cardiologia, Cristina cresce dentro e fora do hospital, se tornando uma referência da cirurgia cardiológica. Durante as dez temporadas em que fez parte da trama hospitalar, assistimos algumas de suas relações românticas — com pessoas, não com área da medicina — se tornarem frustradas ou frustrantes; é deixada no altar por Preston Burke (Isaiah Washington) e, bem mais tarde, vê seu casamento se desmantelar com Owen Hunt. Mas não por menos.

Apesar de ser uma incógnita, Cristina sempre foi muito certa de si mesma, sempre ouviu sua intuição, se pôs sempre como prioridade com uma determinação avassaladora, sempre foi assertiva sobre o que quer, como quer, e, principalmente, é ambiciosa sem fazer cena para tal. Isso, por si só, é algo que a destacava de seus companheiros. Ao longo das temporadas ela opera usando fralda, para não ter que fazer pausas; opera com uma arma apontada para sua cabeça; nega a maternidade compulsória sem nenhum escrúpulo; e tudo isso em prol de sua carreira, daquilo que mais ama. Cristina cresce para ser aquilo que sempre quis e sempre sonhou — e nós a amamos por isso.

6. Lexie Grey e Mark Sloan

Uma entre muitas, a relação entre Lexie Grey e Mark Sloan é mais uma que não tem um final feliz tanto quanto tem um final trágico em Grey’s Anatomy. Eles começam aos tropeços, nada entre eles trabalha para fazer sentido: Lexie é doce, sentimental, intelectual, e jovem, bem jovem. Mark é mulherengo, tem uma filha com idade suficiente para ter uma própria filha, já é atendente do hospital e mais tarde é, até mesmo, chefe da cirurgia plástica. Além disso, Mark está proibido de se aproximar de Lexie, condição imposta pelo melhor amigo, Derek Shepherd, ex-marido de Addison Montgomery (e só ex-marido porque Addison traiu Derek com… Mark). Ou seja, nada está a favor deles, então faz todo o sentido que eles fiquem juntos e entreguem um casal para ficar na memória.

Clássico exemplo de os opostos se atraem, Lexie e Mark parecem não encontrar a fórmula da felicidade quando juntos. Uma série de desencontros os mandam para caminhos opostos na vida, mas, de alguma forma, estar um com o outro se torna a melhor e mais óbvia opção. Slexie é um casal tão destinado a estar junto (“We’re meant to be together” é, inclusive, a frase que eles trocam no adeus) que até no episódio de realidade alternativa, um dos mais prepotentes de toda a série, mas ainda divertido, Lexie e Mark acabam cruzando o caminho um do outro. A própria definição de bad timing é o que encontramos entre Grey e Sloan, mas isso não é (e tampouco foi) suficiente para fazer com que eles não se tornassem um dos maiores romances já vistos em Grey’s Anatomy.

7. M.A.G.I.C.

Se uma amizade em Grey’s Anatomy representa tanto quando a denominada M.A.G.I.C., não sabemos. A amizade entre Meredith Grey, Alex Karev (Justin Chambers), George O’Malley, Izzie Stevens (Katherine Heigl) e Cristina Yang — com suas iniciações formando M.A.G.I.C. — é a primeira grande relação que aprendemos a amar. Os cinco novos internos do Seattle Grace não se dão bem de cara, faíscas, inclusive, são trocadas entre eles — principalmente envolvendo Alex Karev, que tenta ser durão, mas no geral é só a personificação do homem mala lá pelo começo da série.

Durante as temporadas iniciais, a série orbita sobre os cinco personagens, que podemos assistir crescer, sofrer e até mesmo morrer. Eles seguem a própria vida, com suas próprias relações, mas vislumbramos alguns deles se envolverem romanticamente, como é o caso de Izzie e George, ou Izzie e Alex. A amizade dos cinco se torna tão emblemática para o desenvolvimento de Grey’s que o episódio de número 300, que foi ao ar no ano passado, busca relembrar a longa amizade entre eles. No episódio, pacientes chegam no hospital e possuem características semelhantes àqueles que já deixaram a série — Cristina, Izzie e George. Nem tudo foram flores para os nossos cinco médicos, por óbvio, mas boa parte da era de ouro de Grey’s Anatomy teve M.A.G.I.C. como grande protagonista.

8. Maggie Pierce, Amelia Shepherd e Meredith Grey

Todas nós achamos que Cristina Yang seria para sempre a mulher da vida de Meredith Grey. Em muitos níveis isso é a mais pura verdade, mas isso está longe de significar que ela vai precisar trilhar o resto da sua vida pessoal e profissional sem a companhia e o apoio que só outras mulheres com o mesmo tipo de vivência podem oferecer. E foi isso que ela encontrou em Maggie Pierce (Kelly McCreary) e Amelia Shepherd (Caterina Scorsone).

De fato, o tipo de relacionamento que existe entre as três é bem diferente do que Meredith e Cristina tinham — uma amizade quase romântica e explosiva, apesar de nada sexual. No caso do nosso trio, o que existe é um companheirismo digno de irmãs, no seu sentido mais idealizado. Três personalidades completamente diferentes, que nem sempre se combinam harmoniosamente, mas que estão ali umas para as outras na alegria e na tristeza, nas fugas pré-nupciais e na demolição bêbada de paredes, dividindo um lar e criando juntas os três filhos de Meredith de uma forma que ela dificilmente poderia fazer sozinha — provavelmente o que faltou a Ellis Grey (Kate Burton) quando ela mesma precisou criar a filha sem a colaboração do pai da criança. Elas nem sempre se toleram, mas com certeza sempre se amam, e a dinâmica dessa relação é uma coisa muito especial de se acompanhar.

9. Meredith Grey e Alex Karev

Pode ser verdade que a potência da relação de Meredith Grey e Cristina Yang seja o padrão contra o qual nós vamos medir todas as relações presentes e futuras da primeira, mas se existe uma relação que se aproxima minimamente dessa é a relação entre Meredith e Alex Karev. Essa amizade é uma construção sensível e maravilhosa de se acompanhar justamente porque não é um pressuposto. Quem conhece o Karev dos primeiros anos bem sabe que ele beirava o detestável e não tinha amigos, e por isso é tão fascinante observar sua ascensão enquanto personagem, que ocorre paralelamente ao crescimento da relação entre os dois.

Um ponto marcante dessa relação foi justamente a saída de Cristina da série, que fez com que Alex passasse da periferia para o centro de uma relação de melhores amigos com Meredith. Cristina sempre vai estar presente nessa relação justamente porque ela a incentivou antes de sair, deixando a ambos os amigos a missão de cuidar um do outro da forma como ela costumava cuidar, e assim foi. Para desgosto de Jo Wilson (Camilla Luddington), Alex calçou os sapatos de Cristina até nos desabafos da madrugada, o que encanta ainda mais pela conotação não-sexual que isso tem, ainda que se trate de dois personagens heterossexuais de gêneros opostos. Se alguns fãs chegaram a torcer no sentido de os dois virem a ser um casal em algum momento, particularmente acredito que o ponto alto dessa relação é justamente o fato de ser “só” (com todas as aspas possíveis) uma amizade — como muitos não acreditam que possa realmente existir. Existe entre eles uma irmandade e uma conexão verdadeiramente única, que faz com que a gente volte a acreditar na amizade.

10. Meredith Grey e Cristina Yang

Ainda muito antes de se tornarem internas do hospital, Meredith Grey (Ellen Pompeo) e Cristina Yang (Sandra Oh) já eram boas amigas. Durante o curso de dez longas temporadas, assistimos uma amizade espetacular entre duas mulheres que, apesar dos pesares, sempre se apoiaram, e, acima de tudo, estiveram presentes nos momentos mais difíceis da vida uma da outra. Antes da despedida de Sandra Oh, que acontece no final da décima temporada, Meredith e Cristina entregam  algumas das melhores cenas de toda a série. Com o fim turbulento do relacionamento entre Cristina e Preston Burke (Isaiah Washington), é Meredith quem ajuda a amiga, em uma cena poderosa, a tirar o vestido de noiva após ser deixada no altar. A despedida de Cristina, antes de ir para o outro lado do mundo assumir um hospital, é regada a uma longa tradição das duas: dançar para esquecer dos problemas; na cena final, contudo, Cristina reafirma uma longa crença dela sobre a amiga he’s very dreamy, but he’s not the sun. You are” [“ele é muito brilhante, mas não é o Sol. Você é.”].

Para além das danças, das tequilas, das confissões e dos muitos traumas que as duas dividiram, as personagens são ambiciosas, dedicadas, ótimas naquilo que fazem, e o apoio para que uma cresça tanto quanto pode crescer dentro de sua respectiva carreira é visível. “You’re my person“[“você é a minha pessoa”] é uma frase constantemente trocada entre elas, utilizada até mesmo para explicar aos outros a poderosa amizade que dividem. Certa vez, nossa muito conhecida protagonista diz a Cristina que Derek é o amor da minha vida, mas você é minha alma gêmea, e, nós, que acompanhamos a evolução da amizade das duas, só podemos concordar.

11. Meredith Grey e Derek Shepherd

Por onze temporadas, a relação de Meredith Grey e Derek Shepherd definiu o ritmo de muita coisa em Grey’s Anatomy. Desde o primeiro episódio, onde os dois se conhecem em um bar e terminam juntos na cama, até o (para a surpresa de absolutamente ninguém) trágico episódio de despedida de Derek, os dois passam por muitos altos e baixos. Na história dos dois há tiroteios, afogamentos, abortos espontâneos, mortes de entes e amigos queridos, brigas de ego, queda de avião, mas também há um casamento por meio de post-it, uma casa feita de velas, icônicas cenas em elevadores, Zola — a filha adotiva do casal —, família, e tudo conforme manda o ditado nas leis de Grey’s Anatomy.

Como nem tudo são flores, o final da décima primeira temporada marca a saída do ator Patrick Dempsey do elenco. Derek sofre um acidente de carro depois de ajudar em outro acidente de carro, e por negligência médica acaba tendo morte cerebral — uma ironia do destino, já que ele era um neurocirurgião. A cena toda é muito pitoresca e se uma verdade aprendemos acompanhando a série, é que assistir Meredith Grey chorar é o mesmo que comprar um ticket de lágrimas e você vai chorar junto. Desde a temporada seguinte assistimos Mer tentar se reconstruir sem o grande amor de sua vida, e a simples menção a Derek é dolorida aos fiéis telespectadores. No fim do dia, Meredith e Derek não formam um casal exemplar, equilibrado e 100% movido pelo amor, mas é, inegavelmente, o grande casal de Grey’s Anatomy.

12. Miranda Bailey e Ben Warren

Depois de um casamento fracassado com Tucker Jones (Cress Williams/Bashir Salahuddin), Bailey (Chandra Wilson) começa a sair com o anestesiologista Ben Warren (Jason Winston George). Durante um episódio fatídico do final da sexta temporada, onde um homem abre fogo dentro do hospital, Bailey sofre um bocado, e precisa tirar um tempo para si mesma, para que, com fitas e colas, volte a ser uma pessoa. Por esse motivo, eles terminam e tentam seguir com a vida separadamente. Não dá muito certo porque Ben ainda ama Bailey, vai atrás dela, e eles acabam voltando. É só depois de perderem amigos devido a uma queda de avião, e lidar com muitos receios envolvidos, que Bailey e Ben acabam se casando.

O casamento de Miranda e Ben é um dos poucos casamentos realmente estáveis da série; ele tem seus altos e baixos, obviamente, mas é uma relação que se mantém muito linear e equilibrada, com os dois encontrando formas de ceder e se esforçar o suficiente para que a relação vá pra frente da melhor maneira possível. Ainda que desaprovem uma ou outra escolha do outro, eventualmente eles fazem as pazes. Ben é, também, uma ótima figura paterna para Tucker, filho da primeira relação de Bailey. Um contrabalanceia o outro, o que deixa a relação dos dois suave e digna de longa estrada.

13. Miranda Bailey e George O’Malley

O carinho que Miranda Bailey e George O’Malley nutrem um pelo outro é uma de nossas coisas favoritas de Grey’s Anatomy. Bailey “adotou” George como seu interno favorito e a admiração dele por sua professora é imensa. Uma das cenas mais engraçadas entre os dois é quando Miranda volta da licença maternidade dando bronca em todo mundo pois seus internos estão aterrorizando os residentes e acaba sendo recebida com um abraço apertado — e inesperado — de George: ele estava morrendo de saudades dela.

Mas a interação mais inesquecível é mesmo a cena do parto de Bailey, quando George é o responsável por lembrá-la de quem ela é. O pupilo ajuda sua mestra em um momento extremamente difícil e Bailey agradece com uma homenagem: colocando o nome de George em seu bebê recém-nascido; não por acaso, ela sempre o viu também como um filho. É por isso que ela fica tão furiosa quando ele resolve se juntar ao Exército, exatamente como uma mãe ficaria. O medo de perder O’Malley é grande e ela organiza uma intervenção, sem jamais imaginar que o perderia mesmo assim. A partir daí, Miranda Bailey nunca se esquecerá da passagem de George O’Malley em sua vida. E a relação dos dois, marcada por cuidado e generosidade, se tornará inesquecível.

14. Richard Webber e Miranda Bailey

Para além da amizade M.A.G.I.C., mencionada anteriormente, dois personagens essenciais na história de Grey’s Anatomy são Richard Webber (James Pickens Jr.) e Miranda Bailey. Richard Webber já é considerado um mentor dentro do hospital quando Miranda Bailey começa os estudos como interna. Muito da relação entre Miranda e Richard já está consolidada quando a série se inicia, mas até hoje muito podemos assistir. Para além da faceta de mentor-aluno, que gera, de certa forma, uma dinâmica parental entre os dois grandes chefes de Grey’s Anatomy, Webber e Bailey se tornam também bons amigos.

Como em qualquer boa amizade, a relação deles é baseada em honestidade, empurrar o outro pra frente, perceber seus momentos difíceis e ser um ombro amigo sempre que necessário. As interações entre os dois geralmente são leves e engraçadas, porém, mesmo quando há drama, tensão ou tristeza, a amizade se mantém. Uma trama nada fácil de engolir foi, justamente, uma que coloca em prova a amizade entre eles — lá pelo início da décima terceira temporada. No geral, quem assiste Grey’s ganha muito por ter Richard e Bailey firmes e fortes dentro do hospital.

Texto escrito em parceria por Ana C., Paloma e Taryne Zottino.