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Star Wars Day: uma homenagem às mulheres da saga

Não faz muito tempo fomos presenteados em Star Wars Episódio VII: O Despertar da Força a uma protagonista feminina, um negro e um latino. Não faz muito tempo tivemos o empolgante trailer de Rogue One: Uma História Star Wars divulgado, com outra protagonista feminina. Não faz muito tempo, também tivemos pessoas reclamando que o mundo do politicamente correto e das feministas está estragando Star Wars ao inserir “tantas” mulheres na trama.

O fato é que, em uma galáxia muito, muito distante, a despeito de toda a reclamação, sempre existiram mulheres tomando as rédeas de suas vidas e fazendo aquilo que bem entendiam, fosse batendo de frente com o senado, fosse fazendo parte direta da ação. Se nas duas trilogias anteriores só tivemos protagonistas masculinos, a força motriz das mulheres sempre esteve presente. Será que quem reclama tanto de Rey (Daisy Ridley) e Jyn Erso (Felicity Jones) se dá conta de que, sem mulheres, não haveria Star Wars?

Esse texto, publicado especialmente no Star Wars Day, vem exaltar as particularidades dessas personagens tão incríveis e queridas que, sim, nos fazem sentir inseridas e representadas em um universo, a priori, tão masculino. Não estou aqui para discutir se essa representatividade poderia ser melhor ou maior, mas para homenagear mulheres tão completas, complexas e diferentes. Star Wars não seria nada sem elas, e você confere os motivos a seguir.

Leia Organa

Como começar essa lista senão por ela? Filha de Anakin Skywalker (Hayden Christensen) e Padmé Amidala (Natalie Portman), a ousada princesa que se transformou em general, que se livrou de seu captor usando as próprias correntes com que ele a prendera e que trata Darth Vader com sarcasmo. Desde sua primeira aparição sabíamos que Leia (Carrie Fisher) seria importante para a trama que se desenhava em Star Wars Episódio IV: Uma Nova Esperança. De personalidade forte, corajosa e de inteligência aguçada, Leia, por diversas vezes, era quem encontrava soluções para os desafios que apareciam, não devendo nada para seu irmão, Luke (Mark Hamill), ou seu futuro marido, Han Solo (Harrison Ford). Já vimos diversas faces de Leia: se envolveu com política, uniu-se à Aliança Rebelde na luta contra o Império Galáctico e enfrentou batalhas diretas contra stormtroopers. Em Star Wars Episódio VII: O Despertar da Força, conhecemos outra face de Leia que não nos surpreende nem um pouco tamanha a singularidade da personagem: liderando a base da Resistência da Nova República Galáctica e as buscas por Luke, desaparecido há anos. Anos se passaram mas o fator badass resiste e perdura.

Padmé Amidala

Se a filha é badass, a mãe é tanto quanto. Eleita rainha do planeta Naboo com apenas catorze anos de idade e, mais tarde, como membro do Senado Galáctico, Padmé mostra que política também é coisa de mulher. Desde muito jovem, Padmé mostrou suas habilidades políticas, batendo de frente com pessoas mais velhas do que ela sem o menor receio. Como se não bastasse ser excelente no comando de Naboo, Padmé também mostrou suas habilidades em batalha quando decidiu lutar ao lado de seus soldados contra a invasão e dominação de seu planeta. Seu fim foi praticamente selado quando se apaixonou por Anakin Skywalker, até então um jovem Jedi, com quem teve dois filhos, Leia e Luke. Apesar de sua morte precoce, o legado de Padmé permanece para ser lembrado, seja na forma dos filhos que não conheceu, ou por suas ações à serviço de seu povo.

Rey

Sua primeira aparição foi no recente — e incrível — Star Wars Episódio VII: O Despertar da Força e não demorou muito para que ficássemos completamente encantados por ela. Apesar das discussão acerca de ela ser ou não uma mary sue, o que importa é que temos uma nova personagem feminina que é marcante em inúmeros aspectos. No começo do filme somos apresentados à rotina comum de Rey, que trabalha coletando ferro velho no planeta Jakku, onde foi abandonada quando criança, mas que vê sua realidade mudar quando encontra-se envolvida em um conflito entre a Resistência e a Primeira Ordem — tudo por que encontrou Finn, um stormtrooper desertor, e BB-8, um droide. Rey, antes de ser “mary sue” ou qualquer outra coisa, é uma sobrevivente. Ela trabalha, cuida de si mesma, não precisa da ajuda de ninguém. Ela é mecânica, possui habilidade para pilotar qualquer tipo de nave e ainda possui a Força. Mesmo sendo relativamente cedo para entendê-la como um todo, o que vemos em O Despertar da Força é uma personagem feminina que faz tudo o que os dois primeiros protagonistas faziam — e isso é incrível. Mesmo em seus momentos de fraqueza, Rey não desiste e continua a lutar, o que só mostra o quão maravilhosa ela é.

Capitã Phasma, Maz Kanata e Jyn Erso

Star Wars

É verdade que ainda não sabemos muito sobre essas três mulheres, mas me deixa feliz constatar a diversidade de mulheres inseridas nessa nova etapa do universo Star Wars. Phasma (Gwendoline Christie) é responsável por comandar os stormtroopers e faz parte da Primeira Ordem, enquanto Maz Kanata (Lupita Nyong’o) é uma pirata reconhecida que possui a habilidade de sentir a Força. Jyn Erso, pelo pouco que vimos no trailer de Rogue One, promete ser mais uma a entrar para a galeria de mulheres incríveis. O fato é que nós, mulheres, somos todas diferentes, com anseios, sonhos e dores diferentes, e queremos ver todas essas nuances representadas da melhor maneira possível naquilo que consumimos. Queremos ser capitãs, rainhas, guerreiras e piratas. Queremos ser tudo isso e muito mais.

Que a força esteja conosco não apenas nesse 4 de maio, mas em todos os outros dias do ano. Feliz Star Wars Day!

4 comentários

  1. Que texto hein. É isso tudo mesmo.
    Adorei toda essa exposição e sim, quero mais ♥
    Já quero funko de todas, aliás, e BB-8 que é um mozão.
    Bateu aquela saudade!

    1. HAHA, e olha que eu me segurei pra não ser prolixa, é muito amor falar sobre essas mulheres incríveis! E Funko, SOS, tão lindos, tão caros!

  2. Só aqui reforçando a nossa futura amizade promissora! Hahahah
    Uma das coisas que amo também é que a introdução das personagens nunca é em prol do protagonista masculino. Não existe tensão sexual entre a Rey e o Finn, eles não ficam juntos no primeiro filme, e já acho isso tão incrível, sabe? Tão libertador, hahah.

    Beijo!

    1. HAHAHAHA, que linda! <3
      E você tem razão, a introdução dessa maneira demonstra como elas são, de fato, importantes, e não meras mocinhas ou par romântico do herói! E no caso da Rey é melhor ainda, já que é ela quem os salva da perseguição pilotando a Millennium Falcon maravilhosamente.

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